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Menon

Não crucifiquem o verde menino Jesus

Menon

07/04/2016 00h14

Gabriel Jesus foi o personagem do jogo. Fez dois gols e depois não resistiu à adrenalina de um jogo às vezes violento e deu um chute duríssimo o adversário. Bem no nariz do árbitro. Foi expulso e deixou seu time na mão. O Palmeiras precisava vencer para ter chances concretas na última rodada. Um empate o deixa em situação calamitosa. E o empate veio, com Barrios. Impossível não pensar que a vitória poderia ter chegado com a presença de Gabriel Jesus até o final.

Mas o Jesus verde é um menino. Tem 18 anos. Tem presente. Tem futuro. Precisa ser orientado, ser preservado. Não falo de psicólogo ou coisa assim. Gabriel não é um vulcão interno como Edmundo. Ah, como Edmundo jogava bola. Era uma força da Natureza, nada o parava. Gabriel não é assim. Seu defeito é ser quase uma criança. Os companheiros e o treinador poderiam tê-lo ajudado ainda no jogo contra o Rosario.

Um empate entre Nacional e Rosario, dia 14, em Montevidéu elimina o Palmeiras, independentemente do que acontecer entre Nacional x River Plate, hoje, também em Montevidéu.

Situação muito ruim, principalmente quando se lembra que o Palmeiras poderia ter vencido. Nem sei se seria justo, mas poderia ter vencido. Musto errou feio e Gabriel marcou, logo no começo. O Rosario começou a tocar bola – e como toca bem – mas o Palmeiras se segurava. Até que veio o azar em uma bola desviada em cobrança de falta. Bola bandida derrubava o Palmeiras.

E, se o Palmeiras começou vencendo, terminou vencendo. Erro do Rosario e gol de Gabriel.

Tudo estava caminhando bem, mas uma belíssima cobrança de falta – totalmente ensaiada – deu o empate. E depois, um pênalti desnecessário colocou o Rosario na frente. Depois, Barrios empatou, mas o Pameiras , já com dez – o verde Jesus levou vermelho – e o Rosario dominou até o final.

Taticamente falando, não entendo porque o Palmeiras não repetiu a escalação e a postura do jogo contra o Corinthians. Pressão alta, intensidade, velocidade…Cuca foi com três zagueiros e dois volantes, formando um quinteto para evitar o toque de bola do Rosario, ali pelo meio. Não deu certo.

O Corinthians e o Galo foram à Colombia. Derrota do Galo e empate do Timão. Falta pouco para ambos. Um empate para o Galo e uma vitória para o Corinthians. Independente de outros resultados.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.