Ladrão de merendas de Camilleri é ótimo. O outro, não gosto não.
Sou crítico ás torcidas organizadas. Não consigo ver um comando que impeça a base de se deliciar com violência a cada jogo, a cada encontro, a cada toma lá da cá.
A violência está no ar. Mesmo a Gaviões, que se orgulha de seu início quando protestava contra a Ditadura Militar, nada se diferencia das outras.
Por isso, por sempre condenar os delinquentes, me sinto muito à vontade para desconfiar desta operação Cartão Vermelho deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública e pelo Ministério Público.
Resolveram agir depois que a Gaviões – logo seguida por outras torcidas – resolveu protestar com faixas e passeatas contra Fernando Capez, supostamente envolvido em uma máfia que rouba merenda das escolas paulistas.
Roubar merenda de criança pobre é coisa para se pagar no fogo mais ardente do Inferno. Ou em um iceberg vagando sem rumo por algum oceano.
Ladrão de merenda bom é o livro do grande Andrea Camilleri e seu detetive Salvo Montalbano, que busca conexão entre duas mortes violentas: um tunisino embarcando em um navio pesqueiro e o de um comerciante esfaqueado em um elevador.
Como ele, busco conexões.
E nem preciso ser detetive para acha-las.
Estão muito evidentes e são um sinal dos tempos de trevas que vivemos.
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