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Morumbi treme, joga e goleia, com classe de Ganso e coração de Centurión

Menon

29/04/2016 00h10

O São Paulo começou a vencer o jogo as 20h12mim. Foi aí que o ônibus chegou ao Morumbi. Os jogadores foram recebidos com uma festa imensa, com direito a sinalizadores e muito calor humano. Aqueles que, uma hora e 32 minutos entrariam em campo foram levados ao estádio em uma onda de vibração e amor.

Os contestados Centurión e Michel Bastos se sentira amados.

Ganso percebeu a confiança que a torcida tem no seu futebol.

Renan Ribeiro se esqueceu do apendicite.

A entrada em campo, saudada por 53 mil pessoas tem a ver com a personalidade e caráter com que o time entrou em campo.

Foi pressão o tempo todo. Kelvin e Bruno pela direita. Michel Bastos e Mena pela esquerda. Dali, saíam cruzamentos e cruzamentos. Ganso e Centurión, que ficavam fora da área se projetavam para a conclusão.

Havia muitas inversões de jogadas. A bola ia de um lado para o outro. O Toluca sentia a falta de seus titulares e era totalmente dominado por um time que não tinha Calleri, seu jogador mais importante.

Michel, contestado pela torcida, fez o primeiro, após cobrança de lateral.

Centurión, ironizado pela torcida, fez o segundo. Um golaço.

Libertadores tem o peso do gol fora de casa. Se o placar se mantivesse até os 30 minutos, por exemplo, o São Paulo cairia no velho dilema: continuar atacando para fazer o terceiro ou se resguardar para não sofrer o tal gol fora de casa.

Não houve tempo para dilema. Kelvin, Ganso e Thiago Mendes fizeram linda triangulação e saiu o terceiro, com o volante.

E quem disse que não tinha centroavante em campo?

Centurión fez o seu segundo, muito parecido com o de Calleri contra o River. Gol chorado, brigado, gol de corazón.

Foi quatro. Podia ter sido seis.

A classificação está próxima, principalmente porque o São Paulo de Bauza não é do tipo que perde uma chance dessas. Não deixaria escapar uma classificação depois de tanto sofrimento na primeira fase.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.