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Tite pede apoio popular ao seu projeto. Temer, também

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16/05/2016 10h10

Mesmo no mundo volátil das preferências populares, mesmo no mundo superhipervolátil das preferências populares quando o titeclaudioassunto é futebol, Tite tem mantido um grande respeito e um grande apoio entre os torcedores corintianos. Se consultados, muitos apoiariam um contrato eterno com o treinador. Uma monarquia, Tite 1 e único, comandando o futebol do time mais popular do estado de São Paulo.

O apoio conquistado por Tite (aqui representado pelo traço de Cláudio, amigo que conheci no Agora) não é aleatório. Tem base em conquistas eternas na história do clube, uma delas – o título mundial – por sua originalidade e grandeza.

Ao final do jogo contra o Grêmio, Tite pediu que o apoio do torcedor ao seu trabalho fosse transferido a alguns jogadores que não estão rendendo bem. Ele deixou claro que o apoio só fará bem ao time. " "Se apoiar [os jogadores] vai melhorar. Senão esses ajustes que eu falo que o time precisa vão demorar a acontecer. A torcida do Corinthians sempre se caracterizou por apoiar, e essas manifestações têm me surpreendido", disse o treinador corintiano.

Em seguida, Tite foi mais explícito. "Eu tenho um pouco de carinho, respeito ao torcedor, para pedir: não faça o que fez com o Rodrigo [Rodriguinho], com o André. Eu sei que daqui a pouco eu posso não ser o técnico ideal para bastante gente, só tenho é que passar critérios, ideias…", acrescentou Tite.

E Tite lembrou o seu currículo, como respaldo do pedido. "Eu posso falar uma coisa: 2011, 12, 13, 14, 15… O Corinthians foi campeão, depois sexto, décimo, quarto e campeão. Um pouquinho de credibilidade num técnico que nos últimos quatro anos ganhou dois. 2014 eu passei o ano invicto", completou Tite.

Um pedido assim, de quem tem apoio popular e tem um currículo de realizações tem boas possibilidades de ser atendido? Deveria ter, mas é incerto. A torcida é impaciente e não se esquece que Tite, campeão do mundo em 2012, morreu abraçado com Romarinho e Sheik em 2013. Mesmo com tudo o que foi feito, há uma leve desconfiança.

Michel Temer, também no final de semana, pediu apoio aos brasileiros para um governo de união nacional.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.