Topo

Menon

São Paulo precisa dos renegados Michel Bastos e Denis para ficar com a vaga

Menon

18/05/2016 11h28

Há dois jogadores que são odiados pela torcida do São Paulo: Michel Bastos e Denis. Curiosamente, depende muito deles a michelbastosconcretização do sonho de se chegar à semifinal da Libertadores.

Constantemente chamados de lixo – no mínimo – Michel e Denis serão fundamentais.

Michel já o foi nos três últimos jogos: fez o primeiro na goleada por 4 x 0 sobre o Toluca e fez os únicos gols contra o próprio Toluca (derrota por 3 x 1) e Galo (vitória por 1 x 0). Ele é um jogador acima do nível que se joga no Brasil de hoje. Tem vaga como titular em todos os times da Série A. Não é um craque, como foi anunciado por Ataíde Gil Guerreiro, mas tem muito valor, principalmente com a potência do chute.

No ano passado, teve uma queda de rendimento e cometeu a SUPREMA HERESIA de mandar a torcida calar a boca. A torcida, essa entidade que não pode ser confrontada, exigiu sua saída, com apitos e vaias. Michel ameaçou sair e ficou. Hoje, além de um bom papel no ataque, precisa muito ajudar a fechar o lado esquerdo da defesa. Precisa impedir muitos cruzamentos que têm sido o terror do time dirigido por Bauza.

Os tais cruzamentos são tão aterrorizantes por conta de uma falha constante do goleiro. Denis tem muita dificuldade em sair do gol, em "atacar a bola" e manda-la para longe. Debaixo das traves tem qualidades, não fica atrás de muitos goleiros brasileiros. Mas não é só isso que se precisa para defender um time como o São Paulo.

Se Denis não melhorar nesse aspecto, dificilmente continuará como titular do São Paulo, a curto prazo. Se fizer uma boa partida hoje, poderá classificar o São Paulo e pavimentar sua carreira no clube. Quem sabe com diminuição do peso de substituir Rogério Ceni, o grande ídolo de uma torcida muito exigente e acostumada com títulos que minguam no Morumbi há dez anos.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.