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Luiz Lima, violento e irracional, comanda a Olimpíada

Menon

06/06/2016 12h17

Luiz Lima, nadador de sucesso na área pan-americana – e só nela – é o novo secretário de Alto Redimento no Ministério do Esporte. Cabe a ele a condução da Olimpíada, cabe a ele levar o grande evento a um porto seguro. Com sucesso nos 1500m e em travessia a mar aberto, Luiz Lima não tem sucessos conhecidos na área do gerenciamento esportivo.

luizlimaMas é totalmente contra o PT. O que, no governo interino de Michel Temer, político ficha-suja, é o suficiente para exercer funções importantes. Lembremos de Alexandre Frota, ator pornô, recebido pelo Ministro da Educação.

Luiz Lima não se limita a ser contra o PT, algo totalmente natural e, diante de certas atitudes, aceitável e recomendável.

Não. Ele deseja a morte de Lula. E expressa seu desejo, publicamente, no Facebook, a morte do ex-presidente Lula. É totalmente irresponsável. Em um país dividido, com emoções flor da pele, uma figura pública deixa claro que ficaria feliz com a morte de um adversário político. Adversário, não, pois ele não é nada na política.

E, se alguém lesse essa mensagem e resolvesse agir por conta própria para fazer o coração de Lula parar de bater. Por que é evidente que o desejo de Luiz Lima não se restringe a que Lula tenha uma parada cardíaca ou coisa assim. Tem de parar de bater. Não interessa o método. Pode ser um tiro, Luiz Lima? Uma facada? Ou um afogamento?

Um atleta famoso, figura pública, reconhecido por uma medalha de ouro no Pan-99, ao colocar em público todo o ódio que nutre a um adversário, ao mostrar que pensa com o fígado, ao praticar – mesmo involuntariamente – o incitamento ao crime, coloca-se totalmente contra os princípios do Barão de Coubertin, criador dos modernos Jogos Olímpicos. "O importante não é vencer, mas competir e com dignidade!" , disse o Barão.

Luiz Lima, não. Ao perceber uma derrota, ele deseja o fim físico do rival. O extermínio? A Olimpíada, um evento baseado na união entre os povos, na elevação do esporte e com exemplos históricos de boa vontade entre atletas e governantes, tem no Brasil, um organizador que expele ódio nas palavras.

Um peixe fora dágua. Algo possível apenas nessa quadra triste da história brasileira.

Desejo a Luiz Lima uma vida longa. E remeto a ele, os adjetivos com que brindou Dilma Van Rousseff: "desesperado, acéfalo, incapaz e imbecil".

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.