Saiba porque Buffarini e Ortigoza não vieram. Picadinho do Menon
Ricardo Gareca, atual treinador da seleção peruana, foi quem deu boas indicações de Cueva a Patón Bauza. Avalizou a contratação do atacante. Mas também foi, de maneira muito indireta, pela interrupção das negociações com Buffarini e Ortigoza.
O São Paulo, na busca de um rumo para o seu futebol – há muito tempo mal dirigido, passando pela rapinagem explícita comandado pelo poodle da Cinira – elegeu o "case" Gareca/Palmeiras como algo a ser evitado. Ricardo Alberto Gareca Nardi chegou ao Palmeiras em 21/5 de 2014. Começou a trabalhar em 16 de junho – por causa da Copa – e deixou o cargo em 11 de setembro, com aproveitamento de 33%. E o Palmeiras ficou com Allione, Cristaldo, Mouche e Tobio, compatriotas indicados por ele. Nenhum deles – por diferentes motivos – se firmou. E os sucessores de Gareca tiveram de lidar com a herança argentina.
Quando Bauza chegou ao São Paulo, ele pediu Buffarini e Ortigoza.
Foi travado, então, um diálogo entre ele e os diretores de futebol.
Por que você deseja tanto o Buffarini?
Ele é forte e tem uma força intensa para o ataque
É técnico?
Nem tanto, mas como faz muitos cruzamentos, alguns sempre saem bem.
Patón, você está descrevendo o Bruno. Vamos ficar com ele e economizar 1,5 milhão de dólares.
Por que você elogia tanto o Ortigoza?
É um jogador de bom poder de marcação e com qualidade técnica para se aproximar do enganche e armar o time, vindo de trás. E tem muita liderança.
Patón, à exceção da liderança, você está descrevendo o Hudson. Vamos tentar com ele.
Hoje, a diretoria comemora o fato de Bruno ser o líder de assistências e de Hudson, titular, haver desenvolvido até a liderança.
NOTA – VOU DAR MINHA OPINIÃO – Considero essa estratégia complicada. Buffarini é melhor que Bruno na defesa. E Ortigoza tem mais toque do que Hudson. E é excelente cobrador de pênaltis.
A diretoria disse a Bauza que é natural o fato de um treinador chegar a outro país e buscar compatriotas para se sentir respaldado. Se sentir "protegido". E garantiu ao argentino que ele seria protegido pela diretoria, independentemente dos jogadores. O respaldo seria total.
E confirmou com atos. Em fevereiro, o time havia estreado com derrota na Libertadores. Em casa, contra o fraco Strongest. E ia mal também no Paulista. Os resultados não vinham. Em 5/3, antes de viajar para enfrentar o River, em Buenos Aires, perdeu para o São Bernardo, em casa, por 3 a 1.
Foi identificado ali que a teoria do fato consumado estava se concretizando. Funciona assim: o time vai mal, a imprensa começa a falar em demissão, os jogadores acreditam que o treinador vá cais e começam a jogar ainda pior, já que a troca está por vir. É um moto continuo. Pode-se até acusar os jornalistas, mas pode-se também dizer que nós perguntamos sobre queda porque isso é o normal no futebol brasileiro.
Então, Gustavo deu uma entrevista coletiva respaldando Bauza e pedindo mais empenho dos jogadores. Que o São Paulo era muito grande e que todos sabiam que não seria fácil jogar ali. E que Bauza não seria demitido, mesmo com derrota contra o River, o que deixaria o clube à borda da eliminação.
Leia AQUI a entrevista.
A partir daí, o time melhorou.
Para que continue bem, é preciso reforçar para a semi da Libertadores. E para o Brasileiro. Bauza continua pedindo. E não há como negar que ele está certo. Como jogar a Libertadores sem Maicon? E como jogar o Brasileiro sem Calleri?
Não há proteção que seja suficiente.
1) TUDO POR DINHEIRO
Diego Maradona e Pelé fizeram as pazes. Entraram juntos em campo, um levantando a mão do outro. Um levantando o moral do outro. Um se derramando em elogio pelo outro. Tudo por dinheiro. Faltou dignidade aos gênios da bola. Muito melhor que continuem diferentes, cada um em seu canto. Pelé, com as estatísticas que não deixam contestação sobre quem é melhor. Maradona, com o justo argumento de que Pelé só jogou no Brasil e que na seleção foi o melhor de uma geração de craques, enquanto ele teve de jogar ao lado de Troglio, por exemplo. Que Maradona continue sendo o falador de sempre, inclusive dando sua opinião sobra a política no país….de Pelé. Que cada um fique na sua, inclusive na publicidade. Juntar os dois gênios é tão falso como juntar água e óleo. Que o futebol os uma e os separe, não apenas um jabá de relógio.
2) PAIXÃO VALE A PENA?
Se Fred não houvesse construído uma carreira tão bonita no Cruzeiro, o Galo teria feito tudo o que fez para ficar com o centroavante. Não temos aqui uma vontade passional de criar constrangimento ao rival superando o planejamento?
3) TOMA QUE A BOLA É SUA
Impressionante como o Uruguai tem dificuldades em dominar o jogo, em ter a posse de bola, em fazer seu meio campo funcionar. Foi assim na vitória magra por 1 x 0, em casa, diante do Peru nas Eliminatórias. E foi assim na derrota para a Venezuela. A Venezuela jogou como o Uruguai gosta. Atrás e saindo em contra-ataques. E o Uruguai, sem meio campo, abusou da ligação direta, em busca de um pivô bem feito de Cavani. Ou de uma casquinha para a definição de Stuani, quem sabe? Repertório de uma nota só, que falha principalmente pela ausência do solista Suárez.
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