Vanderlei Cordeiro da Paz. RGGT aprisiona evento
A escolha de Vanderlei Cordeiro de Lima para acender a pira olímpica foi um ato de louvor à magnitude do perdão. Muito importante em um mundo onde o esporte se alimenta de doping e de naturalizações forçadas – países comprando seres humanos – é importante homenagear um homem que encarna a ideia de que o importante é competir. Mesmo que tenha sido impedido de vencer – suas chances diminuíram muito – por um ato insano de um cretino em uma Olimpíada mal organizada. Ah se fosse aqui… Ah se fosse aqui que uma atleta de alto nível tivesse suas varas perdidas pela organização…
Eu homenageio Vanderlei por ser um símbolo da paz. Mas ainda acho que ele deveria ter ido para a guerra em 2004. Denunciar a organização, reclamar, botar a boca no trombone. Convenhamos, porém, que seria difícil. Nunca que os nossos dirigentes ousariam defender um atleta junto ao COI. Nunca enfrentariam seus iguais. Precisavam de votos. Ou, além disso, para que serve um atleta? É apenas um complemento para a vaidade deles.
O anúncio de que Vanderlei seria o escolhido foi feito no Jornal Nacional. Como o anúncio de que Yane Marques seria a porta bandeira foi feita no Fantástico. É o poder da grana. A RGGT não cobre a Olimpíada. Ela organiza, ela é parceria, ela decide e define. Aprisiona o evento. Ou alguém tem dúvida que, se Paula trabalhasse para a Globo ela não estaria na festa da abertura? E Ana Mozer?
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