Topo

Menon

Mercado puniu São Paulo e Corinthians

Menon

26/08/2016 16h30

O futebol brasileiro é muito fraco quando comparado ao europeu e chinês. Estou falando economicamente. Uma oferta vinda de lá não pode ser recusada. A não ser por Alexandre Pato, que recusou ser multimilionário na China para ser apenas milionário no Brasil. Uma opção que considero muito acertada.

Fora disso, o que se vê é debandada. O que temos aqui é a juventude. Por pouco tempo. Basta ver o caso Gabriel Jesus. Artilheiro do Brasileiro. Vai para a Inglaterra. Gabigol vai para a Itália. Rodrigo Caio vai não se sabe para onde, mas vai. Além de jovens, temos sul-americanos que a Europa não quis. Brasileiros que a Europa não quis. E brasileiros que a Europa não quer mais.

A briga contra o mercado externo é terrível. Corinthians e São Paulo foram os mais prejudicados, mas todos os clubes sem exceção, sofreram.

O Corinthians foi dizimado pelo mercado chinês. Saíram Gil, Renato Augusto, Jadson e Ralf. A Europa levou Felipe, Malcon, Vagner Love, sem contar Pato e André. O time precisou ser remontado várias vezes.

O São Paulo sofreu os efeitos do mercado mais tarde. Perdeu Ganso, Calleri e Kardec. Jogadores que seriam importantes para uma tentativa de reconstrução após a eliminação da Libertadores. Importante lembrar que a saída de Calleri era anunciada. Cada vez é mais normal clube brasileiro ter jogador por seis meses. Barriga de aluguel.

Os dois gigantes ainda tiveram um outro problema comum. Perderam seus treinadores. Tite foi para a seleção brasileira. Bauza  para a seleção argentina. Logicamente, o Corinthians sofreu mais. O trabalho de Tite é infinitamente melhor, apesar da semifinal tricolor na Libertadores, que só serviu para enganar quem não queria ver a realidade.

Não vejo como reagir à força do mercado externo. Apostar na base é um caminho. Resolve a situação por alguns meses, até que venha uma proposta.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.