Topo

Menon

Por que Pintado fala tanto? Saída de Gustavo foi vitória da delinquência

Menon

08/09/2016 13h54

pintadoPintado foi contratado para ser parte da comissão técnica permanente. Auxiliar-técnico e nada mais. Um cargo para o qual está muito qualificado, em minha opinião. Já trabalhou em vários times, inclusive no México.

A torcida são-paulina adorou a novidade. Não por ele ser o novo auxiliar-técnico permanente. Por ser o velho Pintado, de boa colocação e muita dedicação em campo. Um enorme coração tricolor.

A torcida criou a ilusão também de outras qualidades insuspeitas de Pintado. Vai unir o time. Vai fazer o vestiário ficar unido. Vai transmitir raça – como se comprometimento e vontade viessem por osmose ou fossem frutos do DNA. Enfim, as mesmas vãs teorias que envolveram Lugano. Vai colocar Wesley na linha, vai bater em Michel Bastos, vai colocar na mesa etc etc. Lugano não está jogando, mas ajuda o time com conversa…blábláblá

Amigos, auxiliar técnico muito ajuda se auxiliar o técnico. Zagueiro é imprescindível se entrar em campo e jogar bem. Zagueirar.

Neste contexto, até entendo uma entrevista com Lugano. Pode voltar a campo em pouco tempo. Eu acho que Lugano tem disso criticado além da conta, mas isto é só uma opinião.

Não entendo por que entrevistar Pintado. Ou melhor, peço desculpas aos colegas. Não entendo porque Pintado fala. O que ele acrescenta ao clube no momento de crise. Dizer que todos estão unidos? E outras platitudes. Muito ajuda quem não atrapalha em hora tão grave.

A crise aumenta com a saída de Gustavo Oliveira. Passa a nítida impressão de fraqueza e falta de comando. Os delinquentes invadiram o CT e Gustavo precisou ser escondido por alguns seguranças. E agora é demitido; O que adianta estar rompido com as organizadas e atender a seus pedidos?

Quem assumir agora, vai tratar do futebol em 2017? Não há o que fazer, o importante é unir forças e dar tranquilidade ao grupo de jogadores para reagir. Ou então, aumentar a cobrança para que o grupo reaja.

Como diz o grande Paulinho da Viola: "faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro leva o barco devagar".

O São Paulo, não. Adora uma marola. Adora borrasca. É o que dá ficar dando ouvidos à bandidagem

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.