Topo

Menon

Rodrigo Raposo não está à altura do futebol brasileiro. E o Cristian?

Menon

08/09/2016 23h46

O futebol brasileiro é glorioso, mas vive uma fase de muitos problemas. Os campos, por exemplo. Há alguns que atrapalham o que já nãoraposo está bom. Mas, com tantos erros, com tantos jogadores saindo tão cedo do país, com tantos dirigentes desqualificados, o futebol brasileiro ainda resiste. E não pode coexistir com o árbitro Rodrigo Raposo.

A expulsão de Lucas Lima foi primordial para a derrota do Santos. E o que fez o jogador? Falta feia, porrada, xingou alguém? Nada disso. Levou dois amarelos por retardar o jogo, ainda no primeiro tempo. Dois amarelos errados, principalmente o segundo. Lucas chegou para bater o escanteio, desistiu, chamou um companheiro e deixou o local. Segundo amarelo e expulsão.

Um árbitro deve fazer o máximo possível para não interferir no jogo, no andamento da partida. Expulsão significa deixar um time com um a menos. E ela só deve acontecer em último caso, com total justiça. Não foi o caso. Os amarelos até poderiam ser defendidos em situações separadas. Acumulativamente, não. O Santos ficou com um a menos por conta de duas bobagens.

Arrogância pura. Típico de árbitro que aceita pancadaria mas não aceita um olhar torto de jogador. No segundo tempo, houve confusão, bate boca, confusão e ele não fez nada. Só conversou. Inversão de valores. O que ele deveria ter feito no caso de Lucas Lima? Nada. Ou, então, caso se sentisse tão ofendido, poderia ter corrido até ele e xingado de alguma coisa, poderia ter prometido expulsão em seguida. Xingar de coisa leve, salamê minguê, ursinho panda, loiro oxigenado, bobão, cara de melão, alguma coisa assim.

A expulsão demonstra a alma autoritária de alguém que não gosta de futebol. Gosta é de aparecer.

Quanto ao Cristian, bastou sair de campo para o Corinthians vencer. Cristóvão ficou apenas com Camacho e revezou Rodriguinho, Marlone e Giovanni Augusto por aí, colocando Gustavo no ataque. O time ficou mais leve, ganhou toque de bola, tabelas e saída de jogo. No final, com tudo resolvido, ele colocou Willians, outro jogador inexplicável.

É lógico que Cristian, ao contrário de Raposo, tem lugar no futebol brasileiro. Mas não no Corinthians. Talvez não na Serie A.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.