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Jesus fora? Culpa da pancadaria e não do Palmeiras

Menon

13/09/2016 19h36

Como diz o Juarez Soares, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Por isso, tive dificuldades em fazer o título do post. Queria gabriel-jesus-comemora-gol-do-palmeiras-sobre-o-figueirense-1468442914318_615x300colocar dois aspectos diferentes do mesmo tema e não consegui. Fiquei com o que considero mais importante. A ver:

1) O Palmeiras errou muito em trazer Gabriel Jesus para o jogo contra o São Paulo. A lei não permite que jogador atue duas vezes em menos de 60 horas. Não se deve fazer coisas contra a lei porque o ato cria caminho para outras atitudes erradas. Jogador tem de ser preservado, as 60 horas foram definidas por estudos médicos.

2) O ato de trazer Gabriel Jesus nada tem a ver com a contusão do garoto no jogo seguinte e que pode tira-lo do jogo contra o Flamengo e dos dois subsequentes. Não se pode pensar assim porque estaríamos deixando de lado os verdadeiros culpados.

E quem são?

Talvez nem haja, mas o fato é que Gabriel Jesus sofre muitas faltas durante as partidas. Foram 66 em 17 partidas. Quatro faltas por jogo. E as faltas que sofre não são empurrões, camisa puxada, coisas leves. É porrada mesmo. Pancada. Há revezamento? Não sei, mas o fato é que ele apanha muito. Contra o Grêmio, foram seis faltas. Um jogo em que o time gaúcho cometeu 23 faltas, bem acima do que estava acontecendo. Contra o Coritiba, foram nove faltas, contra o Galo, 16 e 15 contra o Flamengo.

Ele foi substituído após uma falta de Bolaños.

Apenas dois jogadores sofrem mais faltas que Gabriel Jesus: Marinho (Vitória), com 81 em 16 jogos e Kleber Gladiador (Coritiba), com 69 em 19 jogos.

Além desse fato, há outro. Gabriel Jesus só foi para o jogo contra o São Paulo porque houve uma avaliação médica avalizando. Os marcadores de fadiga estavam controlados., próximos aos de outros jogadores. E não treinou, no campo, nenhuma vez no período entre os jogos contra o São Paulo e Grêmio

Então, a contusão veio no jogo contra o Grêmio. Nada a ver com a sua vinda precipitada.

Ou seja, na minha opinião, o Palmeiras errou por ir contra a lei. A culpa para por aí. A contusão entra na conta do jogo duro.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.