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Menon

Flamengo tem empate com cheirinho de vitória

Menon

15/09/2016 00h12

fabula-o-garoto-pastorCada time ganhou um ponto. Melhor para o Flamengo, que teve um jogador a menos por 50 minutos de jogo. Manteve-se em segundo lugar, com um ponto a menos. E no final de semana tem o Figueirense em casa, enquanto o Palmeiras, sem Jesus, visita Itaquera.

O primeiro tempo foi marcado pela grande vantagem de Gabriel Jesus sobre Márcio Araújo. Foram três faltas, duas punidas pelo amarelo. Esse mano-a-mano, não sei se foi um pedido do treinador, não pode ocorrer.

Zé Ricardo reagiu rapidamente e colocou Cuellar em lugar de Diego, o organizador do time. Acho que deveria ter saído Everton, mas o treinador explicou que Diego – que realmente não estava bem – estava se ressentindo fisicamente da presença constante nos jogos anteriores. O Flamengo, é lógico, ficou mais recuado e sem muita armação.

Armação também era o problema do Palmeiras. Cuca colocou Tche Tche, Moisés e Gabriel desde o início. Dudu, Guedes e Jesus. E tome bola longa, e tome velocidade. Estilo de Cuca. Acho que o Palmeiras poderia ter optado por um jogo mais cadenciado.

No segundo tempo, esta poderia ser a opção. Com mais gente no meio, tocando bola, o gol poderia sair. Veio o gol do Flamengo e o Palmeiras terminou com Cleiton Xavier no meio e muita gente na frente: Dudu, Marques, Jesus e Barrios. Muito atacante para pouca bola. Um tipo de jogo que pressionava bastante, mas que dava o domínio no meio do campo ao Flamengo.

Veio o gol da Joia. Um golaço. E mais sufoco verde. E nenhum gol a mais.

Cheirinho bom para o Flamengo. Cheiro de pizza queimada para os verdes.

PS – Gabriel Jesus é muito bom. Mas precisa ler a fábula do garoto pastor que gritava repetidas vezes que o lobo estava se aproximando do rebanho. Os amigos vinham ajudar e era mentira. Até que um dia, era verdade. Ninguém veio ajudar.

Precisa parar de fingir. Parar de cair. O lance com Pará, no primeiro tempo, foi grotesco. Parecia o Rivaldo na Copa de 2002, fingindo com a mão no rosto. Uma palhaçada. Poderia ter levado até amarelo naquele lance.

Quando souber a historia do pastor direitinho, Gabriel Jesus poderia conta-la a Dudu.

Faria muito bem a eles. E ao Palmeiras, é lógico.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.