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Só o amor salva a Lusa. Casa Branca é o exemplo

Menon

19/09/2016 11h17

BASQUETECASABRANCAEder, Pinheirinho, professor Lauro Basile, Nhec, Nasal e Pradinho. Este é um dos muitos times de basquete de Casa Branca, cidade pequena do interior de São Paulo. Para vocês que não conhecem, não significa nada. Para a cidade, é motivo de orgulho. Foram campeões colegiais em 1968, ganhando de São João da Boa Vista por um ponto. São reconhecidos até hoje, por onde andem. Como tantos outros. Leitinho, Marcio Bacci, Testa, Fabio Jacu, Zanchetta, Dumbo e muitos outros. Até profissionais como Té, Caio Cassiolatto e medalhista olímpico, como Marson. E técnicos como Marco Antônio Aga e Ruy Sasso.

Casa Branca se aventurou no profissionalismo e contra todos os prognósticos possíveis, chegou ao quinto lugar do brasileiro. Tudo isso foi possível porque a cidade ama o basquete e não deu as costas aos seus jogadores, à sua paixão. Agora, dois candidatos a prefeito prometem retornar aos dias de glória. A paixão sobrevive.

É esta mensagem que gostaria de deixar aos amigos lusos. Nada de RIP. Não acabou, não vai acabar, não pode acabar. Vai perder o estádio, vai perder o terreno, não tem como pagar dívida? Azar. Que se jogue em um campo menor, que se aposte em jogadores jovens, que a luta continue. O que interessa é estar unido.

Os que realmente amam a Portuguesa precisam se mexer.

1) Virem sócios

2) Sejam sócios torcedores. Só para ilustrar. Eu fui sócio torcedor em 2014. Tempos depois, percebi que minha mensalidade não era cobrada. Reclamei e disseram que tudo seria regularizado. Quero ser de novo. Todos que estão lamentando e chorando, deveriam se tornar sócio torcedor.

3) Expulsem os canalhas da direção. Os incompetentes. Como um presidente codamo o atual pode ter a coragem de assumir e prometer jogador da Champions League? É um gozador.

A Série D pode ser o fundo do poço. Mas pode ser uma mola. É possível resistir. O que o Botafogo fez? Procurem similaridades. A Portuguesa não pode se aproximar de uma equipe forte, como a Ferroviária se aproximou do Furacão? O São Paulo e o Santos estão disputando a Copa Paulista para monitorar seus jogadores sub-20. Não poderiam estar na Série D com a camisa da Lusa?

Não sou gestor. Minhas ideias são genéricas. Mas não me furto a mais uma.

O novo presidente deveria convidar os outros quatro grandes para uma conversa. E mostrar como o fim da Lusa pode ser ruim para eles também. Basta ver o passado, basta ver de onde vieram Zé Maria, Djalma Santos, Julio Botelho, Zé Roberto…

Façam um seminário.

NÃO QUEREMOS MORRER. ME AJUDEM. MINHA MORTE É RUIM PARA VOCES TAMBÉM.

Não é pedir esmola. Não é humilhação.

A Federação Paulista de Futebol não pode ver um filiado com esta história se acabar assim.

Algo precisa ser feito.

A partir do amor de torcedores como Eduardo Affonso, Flavio Gomes, Julio Gomes, Jorge Nicola, Luis Nogueiro, Luiz Nascimento e tantos outros.

A Portuguesa precisa ser salva.

 

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.