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Vasco mostra como se joga com honra, respeitando a história

Menon

22/09/2016 01h28

VASCOO Santos se classificou, como previsto. Uma vantagem por 3 a 1 é grande. E ficou enorme com o gol de Copete, após rara falha de Martin Silva. O Vasco, que havia começado o jogo pressionando muito o Santos teria todos os motivos para perder todo o ânimo. Precisava de três gols para levar a decisão aos pênaltis.

Não foi o que se viu. Nada de desanimo, nada de cabeça baixa. O Vasco, comandado por Nenê atacou e lutou. Lutou e atacou. Pressionou, avançou  a marcação e empatou rapidamente.

E o Santos terminou o primeiro tempo com 55% de posse de bola. Retrato do jogo. Acuado, trocava passes em seu campo. Tem jogadores talentosos para isso. O segundo tempo começou como o primeiro. Vasco na pressão.

Veio o segundo gol, De carrinho.

E o sonho apareceu ali em frente. Parecia real como a terra firme era real para navegadores após longas viagens. Vasco da Gama sonhava como sonhou o português que lhe deu o nome.

Faltavam 25 minutos e o gol pintou. Ederson, que havia feito de carrinho, errou após lindo passe de Nene para Pikachu, que tocou paa a área. De frente, sem possibilidade de erro, ele errou.

Continuou a pressão. E quem errou feio foi o juiz. Falta de Lucas Lima não marcada. Joel impedido. E o lance seguiu. Rodrigo fez  contra. O árbitro matou o sonho. Transformou-se nos monstros que atacavam as caravelas. Monstros marinhos, imortalizados por Luiz de Camões.

Santos classificado. Não vou falar em injustiça.

Prefiro louvar a honra e a dignidade de um time que, ao contrário de Vasco da Gama, não chegou à terra firme. Mas deixou feliz a sua torcida. Torcedor adora vitória, mas também gosta de respeito.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.