Topo

Menon

SPFC teve um grande Natel

Menon

29/09/2016 09h46

natelLaudo Natel foi um gigante na história do São Paulo. Muito maior, imensamente maior do que na política partidária, quando foi governador do Estado nos anos 70. Época em que o povo não votava.

No São Paulo, Laudo, Cícero Pompeu de Toledo e Manuel Raimundo Paes de Almeida comandaram a construção do estádio, que foi motor de épocas áureas do clube.

O nome Natel é sinônimo de respeito e força no clube. Por isso, Roberto Natel foi escolhido para vice de Leco. E agora, ele não está agindo com a grandeza que se esperava do sobrinho de Laudo.

O clube está em crise. O time está em crise ainda maior. Será? Quando se mede crises é porque a menor delas já é terrível. O momento é conturbadíssimo. O ex-presidente foi ainda pior ao tratar do legado deixado pelo pai. Carlos Miguel, Aidar como Henri, enlameou o São Paulo. Nova eleição e Leco derrotou Newton do Chapéu.

Seria um mandato de transição até abril, podendo se candidatar novamente. Natel chegou para dar tranquilidade e peso à transição. Um Natel avalizando o clube em momentos difíceis. Houve erros e a situação piorou. E ele, fiel da chapa, nome de consenso e que remete ao passado, abandona o barco. Saiu, ficou, saiu….

Evidentemente, ele está se cacifando para a eleição de abril.

Se o São Paulo cair, ele poderá dizer "não tenho nada com isso, saí porque vi que a situação era muito ruim e e que o clube estava muito mal administrado. Não era ouvido".

E se o clube não cair, o que considero a situação muito mais provável? Os outros é que poderão dizer: "chegamos aqui sem Roberto Natel. Pela primeira vez, alguém da família Natel deu as costas ao São Paulo Futebol Clube.

São opções a serem tomadas. Marco Aurélio Cunha, sobrinho de Manuel Raimundo, aceitou vir para o meio da tempestade. Se ficasse fora, não seria atingido. E seria candidato forte em abril.

As opções foram feitas. Muito mais do que as eleições de abril, elas serão cobradas quando se contar a história do clube. Clube que teve um Natel gigante. Apenas um. Nada mais do que um.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.