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Denis melhorou com ajuda de psicólogo e de ex-titular da seleção

Menon

05/10/2016 11h26

denisUm goleiro de seleção brasileira e um psicólogo estão por trás da melhoria técnica de Denis, que começou o ano muito mal e agora se firmou como uma das armas do São Paulo na luta contra o rebaixamento.

Denis chegou ao clube em 2009 e esperou por sete anos por uma oportunidade duradoura. Assumiu o posto de titular com a aposentadoria de Rogério Ceni.

E nada foi como ele esperava. Sucessivos erros causaram a desconfiança – e até ira – da torcida. Eram erros recorrentes. Sempre na saída do gol para interceptar a bola aérea.

Denis trabalhou em duas frentes para melhorar. "Quando chego em casa, após uma partida, ligo a televisão e vejo tudo de novo. Parte por parte. Vejo como errei. E comecei a conversar muito com o meu preparador de goleiros."

É Carlos Roberto Gallo, titular do Brasil na copa de 1986. "Denis tem todas as condições de assumir o gol do São Paulo. A turbulência inicial é comum para quem jogava pouco como ele", disse.

Em outro lado, fora do gramado, Denis procurou José Paulo Laganá, psicólogo e que também trabalha como coach profissional. "Meus erros tinham um fundo psicológico. Era muita ansiedade para mostrar meu valor. Eu invadia a área dos zagueiros e atrapalhava o trabalho deles e meu também. Consegui melhorar muito nessa parte".

Laganá se recusa a dizer qual sua parcela na melhora de Denis. Com certeza, não foi ensinando como sair do gol. "Por ética, não falo nada sobre um cliente. O que posso falar é que meu trabalho busca fazer com que as pessoas lidem melhor com sua inteligência emocional e para colocar para fora toda sua capacidade e competência".

E agora, é a defesa que falha na bola aérea, mesmo não sendo mais "atrapalhada" por Denis. Ele não vai indicar seu coach para ninguém, mas tem certeza que, no sábado, já haverá melhora. "Ricardo Gomes tem treinado muito essa parte. E nós estamos muito atentos".

E, se não melhorar, mais trabalho para a dupla Gallo e Laganá.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.