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Menon

Com Tite, futebol brasileiro ressurge, diretamente do túnel do tempo

Menon

06/10/2016 23h59

TUNELDiretamente do Túnel do Tempo, chegam as bandas da minha adolescência: Creedence, Stones, Beatles….e todo aquele popzinho antigo que não tem perigo de assustar ninguém: Tremeloes, Herman Hermits, Abba, Seekers, Mama Cass, Monkees, Hollies e tantos outros.

É como estou me sentido agora, com a seleção brasileira. Pura felicidade. Dribles, passes, bola no chão, toques, tabelas, lançamentos, chilenas, gambetas, encarando quem estiver pela frente, pintando a cara de todos.

Ah, a Bolívia não vale nada? E por que o Brasil vinha de dois empates e uma derrota contra eles em Eliminatórias? Mas, na real, a Bolívia é fraca mesmo. Não interessa. O importante é ver o verdadeiro futebol brasileiro de volta. Ou, sejamos honestos, toda a nossa fama, toda nossa história não foi construída também com vitórias sobre Bolívia e outros rival de nuestra sudamerica querida.

Jogadores há. Estão aí, como estavam para os outros. Neymar, Coutinho…. Não sou Titemaníaco, não o vejo como um novo Guardiola, nem gosto tanto de E QUI LÍ BRIO, mas a verdade é que perdemos muito tempo. Muito tempo com Dunga, que não era treinador. Com Dunga, novamente, que não era treinador e não se preparou para se lo. Que ficou cinco anos sem se dedicar aos estudos e voltou ao maior cargo do mundo. Perdemos tempo com a dupla Scolari e Parreira, que assumiu após a saída de mano. Eles, Dona Lúcia e Alegria nas Pernas.

O futebol brasileiro está de volta. Ou, melhor, está voltando. Há muito o que caminhar, mas Tite deu o primeiro passo. Não vamos gritar seu nome nas arquibancadas – o que apenas demonstra como estávamos carentes – mas não vamos fechar os olhos. Era obrigação vencer a Bolívia? Sim. E a obrigação foi cumprida com muitos méritos. Com requintes.

Como se estivéssemos novamente no Túnel do Tempo.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.