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Jesus, que dia triste para quem odeia o futebol brasileiro!

Menon

12/10/2016 00h27

pachecoNão, não esperem um texto Pacheco, cheio de elogios e sem contraponto. Afinal, foi só uma vitória por 2 a 0 sobre a seleção da Venezuela, que tem dois pontos em de jogos disputados. Dois empates e oito derrotas.

Há que se tomar cuidado, mas realmente os dias estão tristes para quem odeia o futebol brasileiro. Eu fico aqui imaginando se o gol de Gabriel Jesus tivesse sido feito por um belga, suíço, sueco, islandês, alguém de Gilbratar, Andorra ou Sudão do Sul.

Haveria comemorações eternas. Mais aqui do que lá. Sim, amigos, porque o contrário do pachequismo viceja por aqui. Nada presta. Nada vale. Temos de imitar rapidamente o que deu certo por lá. O "método de captação dos belgas", por exemplo. Os alemães imitaram. Já ouvi isso. Pois é, quem a Bélgica tem como o Gabriel? O cara tem 19 anos e quatro gols em quatro jogos na seleção brasileira. Mesmo se houver um belga com esse número, não vale a comparação. Porque o Brasil é muuiiiiiiiito maior que a Bélgica.

Foram dois gols maravilhosos na rodada. Suárez, o uruguaio, aproveitou-se de um escorregão do zagueiro colombiano. Com a  bola em movimento, chutou com o peito do pé, em diagonal, no contrapé do goleiro, acertando um espaço mínimo desprotegido. E houve o gol de Jesus. Atento, antecipou-se à zaga, ficou de frente para o goleiro e resolveu com clarividência dos craques.

Suárez transformou o impossível em fácil. Gabriel transformou o fácil em obra de arte.

Me parece evidente que Jesus vai ser, ou já é, superior a Dybala.

O Brasil tem cada vez menos dependência de Neymar. Gabriel está aí. Osvaldo de Oliveira, como você brecou o garoto, hein? Coutinho está aí. E o time joga coletivamente.

Há um grupo de jogadores comandado pelo melhor técnico do Brasil. Ele, fruto da meritocracia, aposta na…ela mesma, a meritocracia.

O Brasil saiu do sexto lugar para a liderança, em quatro jogos.

Há muito o que caminhar, mas os passos estão sendo dados de maneira correta.

São más notícias para quem adora o futebol do Azerbaijão.

PS O título da nota é inspirado no amigo Renal Lopes, @renan_Loopes no twitter

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.