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Ceni é a bala de prata de Leco?

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24/11/2016 14h30

A contratação de Rogério Ceni como treinador do Brasil transcende as quatro linhas do gramado. Ainda mais quando se sabe que haverá eleição no clube em abril e que Leco será candidato. O candidato que comandou a realização de um novo estatuto baladepratapara o clube – algo importantíssimo – e o presidente que trouxe o maior ídolo da história do clube de volta ao Morumbi.

É um discurso forte. Mas há outro se contrapondo. Conselheiros da Oposição e mesmo alguns que apoiam (apoiavam?) Leco passaram a ver a contratação de Ceni como mais um factoide. O maior de todos. E também o último, pela proximidade do final do ano. O argumento eleitoral destas pessoas é que Leco não dirige o clube com um plano definido e que recorre a fatos de impacto que tem resultado imediato mas que logo se esvai. Ao mesmo tempo que dizem isso, correm a elogiar Ceni, que é a maior unanimidade na história do São Paulo.

Os outros factoides, segundo esse argumento são:

DIEGO LUGANO – Um ídolo eterno, um desejo da torcida. Uma contratação cômoda, que não tem rejeição. Mas, perguntam até de forma malvada, não é caro pagar R$ 280 mil mensais para quem não joga. Um animador de torcida, chegam a dizer.

MAICON – A torcida queria, o prazo de inscrição na Libertadores estava acabando e o Porto exigia muito dinheiro. E o São Paulo pagou muito dinheiro. Um dinheiro que, segundo os opositores poderia ser mais bem aplicado. Talvez até para a manutenção de Ganso, o que eu considero impossível. Ganso queria voar e jogador quando quer sair, ninguém segura.

MARCO AURÉLIO CUNHA – É um dos conselheiros mais bem votados e com enorme aceitação da torcida. Teria vindo no desespero e dado resultado imediato. Resultado que não se mantém.

A eleição do São Paulo terá pelo menos três candidatos, talvez quatro. Leco, Roberto Natel e um nome apoiado por Abílio Diniz, que tem como meta fixa derrotar Leco. Ele não se conforma com a demissão do amigo Milton Cruz. O quarto nome deve sair do grupo do ex-presidente Fernando Casal de Rey, uma pessoa muito respeitada no clube, mas que sofre resistência por causa do genro, o folclórico Newton do Chapéu.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.