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Menon

Timão luta pelo último trem e por bom início em 2017

Menon

10/12/2016 11h50

Depois de tudo o que passou no ano, é de admirar que o Corinthians ainda tenha chances de chegar à Libertadores no próximo ano. É oswaldooliveiralógico que esta oportunidade está muito ligada ao aumento de vagas decorrente do inchaço a que a Conmebol condenou sua grande competição, atualmente acometida de obesidade mórbida, com 47 clubes participando. Por que não fazer a Libertadores novamente com apenas dez clubes e criar uma outra competição com muitos participantes?

Mas, com inchaço ou não, o Corinthians tem o que lamentar. Sofreu dois desmanches e perdeu seu treinador, que, muito além das qualidades que todos conhecem, tinha uma grande empatia (não empatite) com a torcida. O mesmo erro cometido por outro, capaz de  de provocar no corintiano a vontade de fuzilar o treinador, se cometido por Tite causaria apenas um menear de cabeça como reprovação. Em consequência, depois de Tite, veio Cristóvão e depois de Cristóvão, Oswaldo.

Oswaldo chegou sob desconfiança. Mesmo com tudo o que conquistou no clube, sua contratação teve jeito de deja vú, de reciclagem. Com ele não veio aquele tal "choque de ânimo" que traz todo novo treinador. A torcida não tinha nenhuma paciência com ele. E, ainda por cima, como foi uma decisão unicamente de Roberto Andrade, criou-se uma crise no departamento de futebol.

Bem, tudo poderia ser minimizado com bons resultados. E eles não vieram. E nem exista um time que o corintiano possa chamar de seu, possa decorar de 1 a 11, como antigamente.

Por isso tudo, é importante conseguir o último lugar no trem da Libertadores. Cada vez mais, acho uma competição superavaliada, mas é importante. Estar lá é, mesmo que simbolicamente, estar na elite da América. Estar onde poucos (nem tanto) estão. Estar na Libertadores é terminar o ano com uma conquista. Mesmo que simbólica. É terminar o ano em alta.

Caso não venha a vaga, o Corinthians iniciará o ano com menos força que os rivais paulistas. O que, veja bem, não significa que supere tudo e seja um grande campeão. Mas, vejamos: o Palmeiras é o atual campeão, o Santos fez um bom campeonato e o São Paulo, que sofreu tantas vergonhas, trouxe um novo treinador. E, com ele, muitas expectativas. Podem até acabar ainda na Flórida, mas não há dúvida que existe no Morumbi um clima positivo, um alto astral. É pouco. É mais do que o Corinthians terá se não superar Botafogo e Furacão no último domingo de futebol no maldito (para todos nós) ano de 2016.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.