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Ceni errou. Defesa errou. E o São Paulo perde feio para o Audax

Menon

05/02/2017 18h19

Muitos treinos, dois jogos na Florida. Mais um jogo em São Paulo, contra o Columbus. E a defesa do São Paulo parece não ter entendido nada do esquema 3-4-3 que se transforma em 4-1-4-1 a partir da mobilidade de Rodrigo Caio. A confusão de posicionamento foi total, dando todo espaço ao Audax. O segundo gol é um exemplo: bola perdida no ataque e um meio que não conseguiu interromper a chegada de Pedro Carmona. O quarto gol foi parecido, com uma perdida de bola de João Schmidt, que originou um contra-ataque "imparavel".

Houve também erros técnicos. O primeiro gol foi coisa de várzea. Douglas e Buffarini se atrapalharam, um cabeceando para o outro. Maicon também errou na jogada. O pênalti cometido por Buffarini foi grotesco. E, vamos falar a verdade: o argentino não conseguiu se firmar na direita e vai jogar na esquerda? Até hoje não mostrou futebol para justificar o que se pagou por ele.

E Ceni? Errou ao colocar Rodrigo Caio no meio. Em nome da tal mobilidade, da transformação de esquema a partir de seu posicionamento, o São Paulo teve de jogar com Douglas, muito fraco. Lugano não erraria tanto. E Breno? Não está bem fisicamente? No segundo tempo, Ceni mudou, tirou Douglas, recuou Caio e levou Schmidt a campo.

Ceni errou também na montagem do elenco. A postura de elogiar contratações que custaram R$ 300 mil soa bem para a diretoria, mas prejudica o time. O treinador precisa mudar agora, já que há dinheiro.

Um grande acerto de Rogério foi a troca feita após a saida de Wellington Nem, logo no início, quando já estava 2 a 0. Em vez de Neílton (jogador fraquíssimo que ele aceitou em troca do sofrível Hudson), colocou Cícero, que deu mais força ao meio campo. Jogou ao lado de Cueva, o time encorpou e empatou o jogo. Podia ainda ter virado no primeiro tempo.

No segundo tempo, a defesa continuou falhando. O gol de escanteio, de Felipe Rodrigues,  é uma aula de mau posicionamento. Novamente atrás, Ceni recorreu à velha cartilha de velhos treinadores. Colocou Gilberto na área, em lugar de Chavez, que estava cansado de correr atrás de zagueiros. Avançou Cícero para a área. Recuou Luiz Araújo. E tome chuveirinho. A bem da verdade, não havia muito a fazer.

Há muito trabalho a ser feito. Treinos táticos e técnicos costumam dar pouco resultado quando se tem um elenco fraco. E quando o jovem treinador mexe na defesa, que foi muito bem no ano passado. Tirou dali o melhor zagueiro. Pagou o preço.

PS – Há um comentário muito pertinente do Aristoldo, que prefiro responder aqui. Ele aponta uma incoerência minha. No comentário ao vivo, elogiei Ceni por escalar Rodrigo Caio no meio. Aqui, após o jogo, digo que foi um erro dele. O comentário ao vivo foi feito no calor da partida, após uma lindo passe de Caio, que resultou em gol. Ao final do jogo, percebi que não vale a pena. Ele é um ótimo zagueiro e que ajuda muito a defesa a ser confiável, como no ano passado. É melhor que ele fique atrás e que seu lugar seja ocupado por outro jogador que possa fazer essa mobilidade toda, alternando as posições de zagueiro e volante. João Schmidt é o mais cotado. Jucilei, se vier, é o cara ideal. Obrigado ao Aristoldo pela observação. A interação faz o blog melhorar

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.