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Borja deixa o Palmeiras ainda mais favorito.

Menon

08/02/2017 05h02

borjaMatador com nome de gênio da pintura, Miguel Angel Borba chega ao Palmeiras e eleva o time para um patamar ainda maior. A torcida já contabiliza todos os títulos possíveis e imagináveis e tem motivos de sobra para o otimismo, ainda que exagerado. Afinal, o Palmeiras continua mandando no mercado. Felipe Melo, Guerra e agora, Borja. O centroavante colombiano que trocou uma carreira medíocre por uma ascensão fenomenal a partir de 2015, saindo do Deportivo Cortuluá  para o Atlético Nacional, para o título da Libertadores, para a seleção principal, para a Olimpíada e para o Palmeiras, com direito a desprezar montanhas de yuanes.

Tecnicamente, não há como contestar uma contratação assim. É uma contribuição para o futebol brasileiro, que perde atrações a cada semestre. Todos os bons se vão. Quando chega um melhor, há que se aplaudir. Guerra e Borja foram fundamentais na conquista da Libertadores pelo Atlético Nacional e por que desconfiar que podem ser importantes agora?

Há dois outros fatores a se analisar. Fatores que estão juntos quando se fala de futebol e de vida. Fatores que formam uma combinação que pode ser explosiva: dinheiro e inveja. Como justificar a contratação de Willian, se Borja já estava negociando? Willian é um jogador inconstante, de poucos gols e de uma temporada frágil no Cruzeiro. Nos últimos tempos, fez menos gols que o zagueiro Bruno Rodrigo. Mas o Palmeiras tem dinheiro de sobra. Tem dinheiro do Avanti, do estádio, da Crefisa… Pode esbanjar que não fará falta.

E a inveja? Willian, Barrios, Alecsandro, Rafael Marques, todos no banco. Aqui, é uma questão de comando. Que Eduardo Batista tenha todo o poder para escalar quem quiser, independentemente do salário mensal. Quem não gostar, que vá chorar no banco que é lugar quente.

Dinheiro e inveja seriam questões  se levar em conta em um time "normal". No Palmeiras milionário, são detalhes. Detalhes que só farão diferença para o mal, se houver uma grande incompetência.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.