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Menon

Chama o Dudu, Tite!!! Chama um goleiro, Ceni!!!

Menon

11/03/2017 18h08

Pelo viés do erro, há várias explicações para o gol de Dudu. 1) Douglas passou na fogueira para Buffarini. 2) Buffarini foi mole na bola e perdeu para Egídio. 3) Denis estava mal colocado. Não é a questão de estar adiantado. Estava adiantado sim, mas de modo errado. Sem dar opção para receber a bola. E sem condição de fazer a defesa.

Tudo bem. O são-paulino tem motivos para estar aborrecido. Mas…

Mas o gol foi pura arte. Se todo mundo errou, a bola chegou nos pés de quem sabe jogar bola. Jogar muita bola. Dudu foi perfeito. Um golaço. Rápido no raciocínio. Toque ótimo na bola. Gol de craque.

Dudu merece estar na seleção há tempos. Tite precisa dar uma chance a ele. Aliás, já deu. E Dudu aproveitou, jogando muito bem contra a Colômbia.

O gol foi aos 47 minutos do primeiro tempo e deu um grande fôlego ao Palmeiras. O time foi melhor desde o primeiro momento, marcando muito fortemente a saída de bola do São Paulo. O time de Ceni ficou acuado, apostando em um contra-ataque que nunca apareceu.

Com o placar adverso, Ceni mudou. E errou. Ele colocou Nem, para fazer um tridente com Pratto e Araújo. Ficou com o time mais exposto e sem armação. Criou-se um grande espaço para o Palmeiras jogar.

E jogou muito. Fez o segundo com um belo chute de Tchê Tchê. Talento puro contra um goleiro que foi mal na bola. Ceni, então, tirou Schmidt para colocar Lucas Fernandes. Enfim, procurou alguém que pausasse o jogo, que armasse alguma coisa. Procurou um Cueva. Não achou.

O Palmeiras, com o jogo dominado, colocou Keno para descansar Dudu. Olha aí a qualidade do elenco. Trocou também William por Borja. Depois do terceiro, Ceni tirou Luiz Araújo para colocar Araruna e evitar a goleada.

Importante ver como Ceni foi sempre à reboque do Palmeiras. Sofreu um gol, abriu. Sofreu mais um, abriu. Sofreu o terceiro, fechou.

Ceni, que faz um trabalho admirável, cometeu um grande erro na montagem do elenco. O time não vai chegar a lugar nenhum com Denis. E com Sidão.

O Palmeiras vai longe, com Dudu

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.