Topo

Menon

Ceni errou onde não poderia errar

Menon

14/03/2017 06h01

Antes de mais nada, deixo claro aos adoradores de Mito que considero muito bom o trabalho de Rogério Ceni. Então, não me ofendam, não façam trabalho contra mim, não roguem catiça contra o meu regime apenas por eu lembrar que ele é de carne e osso e também erra.

O grande erro, o maior deles, foi na construção do elenco. Mais especificamente, na escolha do goleiro. Dos goleiros.

Definido estava que Denis não merecia ser titular. Ele teve um ano para se mostrar confiável. Errou muito, jogou todas as chances para fora.

Denis deveria, por conta própria, buscar sua redenção em outras plagas. Ele tem seus méritos e eles podem aparecer em outro time, um novo começo.

Coube, então, a Ceni, indicar um novo goleiro. Suprir a necessidade detectada pela diretoria.

Ceni tinha a missão de substituir…Ceni. É como se Sinatra indicasse um novo vocalista para Tommy Dorsei, como se Basquiat indicasse um novo grafiteiro para Nova York, como se Mano Brown definisse o novo poeta do Capão.

Ceni, talvez pressionado pela falta do dinheiro, apontou o dedo para Sidão. Telefonou a ele. Fez o convite.

E quem é Sidão? O que tem na carreira? Um bom final de Paulista no Audax é um bom semestre no Botafogo. Nada além. Nada além de uma ilusão.

Um jogador de pouco currículo, aos 34 anos. O sucesso seria o final feliz de um conto de fadas. Não haverá. A vida é dura.

Sidão falhou até para jogar com os pés, sua maior qualidade. Ceni vou nele o início de jogo com que sonhou. Melhor seria apostar em um goleiro bom com as mãos e depois ensina lo a jogar com os pés.

Sidão falha. Denis está queimado. No sábado, Renan terá sua chance. Merecidamente, se lembrarmos que Denis teve um ano de oportunidades.

Como Ceni corrigirá seu erro? Renan? Perri? Ou Sidão ainda pode se recuperar?

Eu pegaria um pouco do dinheiro de David Neres e contrataria um novo guardião, arqueiro, goal keeper, seja lá qual o nome dado ao camisa 1.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.