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Menon

Messi e Dybala na Copa. Ou você quer Caicedo?

Menon

12/04/2017 06h10

Os dois belos gols de Paulo Bruno Exequiel Dybala contra o Barcelona, aumentam minha torcida pela classificação da Argentina para o Mundial. Eu gosto de jogador bom. A Argentina tem o maior de todos e tem a consolidação de uma grande promessa. Como Philippe Coutinho, que está atingindo a maturidade, Dybala segue o mesmo caminho. Em seu site oficial, ele diz que "dizem que tenho cara de menino e olhar assassino. Talvez porque meus olhos estão olhando meus sonhos, os que já conquistei e os outros que quero continuar conquistando"

Revelado pelo Instituto, na segunda divisão, foi visto pelo Palermo e não por clubes brasileiros, sempre prontos a tecer loas aos seus departamentos de desempenho. Dybala ninguém viu. Do Palermo, foi para a Juve e está pronto para desembarcar na milionária liga espanhola. No Mundo Deportivo, jornal da Catalunha, os colunistas praticamente exigem a sua contratação. Dizem que, antes de ira a Juve, ele poderia ter sido contratado por "apenas " 30 milhões de euros. E que agora a contratação precisa ser feita, custe o que custar.

Um ataque com Messi, com Dybala, com Di Maria, com Aguero…Correia é jovem em ascensão. Higuain, não gosto. São muitas possibilidades. É preciso um treinador que busque a melhor opção, a grande combinação. Messi não pode ser o único. Nas Eliminatórias, ele disputou 6 jogos e a Argentina conseguiu 15 pontos, com 83%. Sem ele, foram sete pontos em oito jogos, 29%.

A Argentina tem recorrido a treinadores pragmáticos, com os pés no chão, sem sonhos de vôos altos. Com Sabella, ao menos, chegou à final da Copa, mas com Messi resolvendo jogo a jogo. Não houve brilho. Depois, Tata Martino e agora Patón. Treinadores que me parecem muito abaixo do que o desafio e a honra que é dirigir a bicampeã mundial. Basta ver que Dybala tem apenas seis jogos.

A seleção que era de Tata Martino, que foi de Paton Bauza e que por enquanto não é de ninguém está em quinto lugar, com 22 pontos, posição que a obrigaria a disputar a repescagem. O Equador é o sexto, com 20 pontos. Faltam quatro jogos e os dois se enfrentarão no encerramento das Eliminatórias, em Quito. Antes, a Argentina visita Uruguai e recebe Peru e Venezuela. O Equador visita o Brasil e o Chile e recebe o Peru.

A classificação é provável. Estarei na torcida. Prefiro a Copa com Messi do que com Caicedo.

BARÇA SEM EQUILÍBRIO  –  Os memes da internet foram crueis com a derrota do Barcelona. Um deles, falava do desequilíbrio da equipe, forte no ataque e fraca na defesa. Havia muitos criticando Piqué. Segundo eles, melhor para dar entrevista do que para jogar. O Mundo Deportivo foi duro com o 3-4-3 de Luis Enrique: "seu esquema surpreendeu mais seus jogadores que os jogadores da Juventus". Viram também Messi parado na direita, devidamente encaixotado pela marcação italiana. A verdade é que novamente o Barcelona se vê diante de uma tarefa duríssima. Contra o  PSG, precisava fazer quatro gols para empatar a parada. Agora, se fizer quatro, está classificado. Parece mais fácil, mas não é simples assim. A Juve tem um sistema defensivo muito mais forte que o PSG, dos nossos Marquinhos e Thiago Silva. E não se sabe se o juiz estará em boa forma, como esteve no 6 a 1. Tudo indica que Luis Enrique terá uma saída inglória do Barcelona.

ERRO FEIO DO CORINTHIANS – Carille poupou Jô e Jadson do jogo contra o Inter. Estão cansados? Por que jogaram contra o Botafogo? Não há dúvidas sobre onde seriam mais necessários.

PALMEIRAS ENFRENTA UMA LENDA – Só isso. O Peñarol continua grande, continua com uma história linda, mas é um time sem estrelas, um time dentro do que pode permitir o pobre (financeiramente falando) futebol uruguaio. Perdeu por 6 a 2 para o Jorge Wilstermann. Palmeiras tem bola para ganhar fácil

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.