Ponte humilha o porquinho atrapalhado
Primeiramente….
A Ponte é um bom time. Fernando Bob joga muito. Pottker é um artilheiro respeitável. Clayson é bom jogador. Lucca tenta reconstruir a carreira, que sofreu um abalo. Aranha é veterano com carreira concreta. E os outros, como Hiago e Marlon, não destoam.
Todos os elogios à Ponte, que jogou com intensidade e velocidade.
Bem, espero com os dois primeiros parágrafos não cair no erro de analisar uma vitória pela ótica do derrotado.
Tudo, bem?
Agora, vamos falar do Palmeiras. E, me desculpem os colegas que adoram táticas e subtáticas (são muito importantes e ajudam a explicar o futebol), mas não foi o que levou o Palmeiras a um vexame deste tamanho.
Um time de futebol, seja pobre ou rico, seja esforçado ou extremamente técnico, não pode entrar em campo com aquela moleza toda, com aquele descomprometimento todo. A Ponte deu ao jogo a importância que o jogo tem. O Palmeiras, não. Talvez não dê tanto valor ao campeonato. Afinal, seus jogadores são instruídos a falar sempre no Mundial, mesmo antes o início da Libertadores.
A Ponte deu a saída e fez o primeiro gol aos 37 segundos. E antes do gol, o Palmeiras perdeu a bola duas vezes. Não pode, né? Com sete minutos, o time estava mal postado e levou o segundo, em belo contra-ataque. E o terceiro veio com uma queda inesperada do Zé Roberto, talvez traído pelo campo molhado. Talvez.
Mas, digamos que o Palmeiras tenha sido surpreendido pela velocidade e vontade da Ponte. Terrível, mas pode acontecer. O inaceitável é manter a postura apática no segundo tempo, já com três contra? Ora, se não dá para ganhar, vamos fazer de tudo para marcar uma vez. Uma vez e as chances para o segundo jogo aumentam.
Nada disso. O Palmeiras continuou sem vontade. Tinha mais posse de bola, mas nada daquele sufoco que um time grande aplica quando está atrás. Nada de subir as linhas, nada de pressão, nada de chuveirinho. Chuveirinho demonstra desespero? OK, mas ficar tocando de lado demonstra o quê?
O Palmeiras dava a impressão de querer 3 a 0, com a certeza absoluta de que pode reverter o resultado. Inaceitável. E ainda foi ajudado com a não marcação do pênalti de Prass em Pottker.
Como na antiga fábula, a Ponte apontou o dedo e mostrou a verdade inconveniente. O rei está nu. E aí, basta lembrar as dificílimas vitórias na Libertadores, conquistadas na bacia das almas. Pelo menos ali, o porco foi de briga, foi um javali. Em Campinas, foi Babe, o Porquinho Atrapalhado.
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