Fagner não pode ser punido pela Globo
Apareceu uma imagem da RGT mostrando Fagner dando uma paulistinha em Cueva. Um lance violento, por trás e que mereceria o cartão vermelho se o árbitro tivesse visto. Não viu, acabou. É a minha opinião. Futebol tem 90 minutos e não pode ficar se arrastando por aí, por dias e meses, esperando punições por lances que o árbitro não viu. Vale para todo lance, desde a cotovelada de Vitor Hugo em Pablo, até para a asquerosa mordida de Suárez em Chelini. Juiz não viu? Puna-se o juiz, se o lance fosse fácil de ser visto. A não ser se tudo fosse passível de modificação. Se for punir um jogador por um pênalti que o juiz não viu, que se cobre o pênalti. Se for punir por um gol de mão, anule-se o gol.
Punir por causa da televisão, não dá. Ainda mais quando se lembra que imagens podem ser manipuladas. E que as redes de televisão são entidades tão políticas quanto informativas. O Sílvio Santos está nos brindando com propagandas provando que, se não aceitarmos a aposentadoria após 50 anos de trabalho, não receberemos salário. Ou, seja, a culpa é nossa.
A RGGT manipula debate eleitoral, manipula noticiário político, manipula até edição do Big Brother. O próprio lance de Fagner é um exemplo de manipulação, não da RGT, mas das redes sociais. A paulistinha é o ponto fina de uma discussão entre os dois, com empurrõezinhos e cabeçadinhas, aquela dança do acasalamento típica de jogador de futebol. Uma briguinha que deveria ser parada com uma advertência verbal. Depois, Fagner apela. E o que roda nas redes sociais é apenas a paulistinha. Que merecia, repito, o vermelho.
Resumindo: 1) sou contra punição pós jogo por princípio; 2) sou contra prova baseada na RGT porque ela tem expertise em manipulação e há uma terceira razão.
O caso cairia nas mãos dos midiáticos juízes do TJD. O presidente, em São Paulo, é um delegado de polícia que se elegeu deputado. Quantos votos ele vai ganhar aparecendo na televisão, falando em punir Fagner? Ou em inocentar Fagner?
Futebol não é Big Brother
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