O milionário Palmeiras, time da agonia, está devendo muito
Os números são bons. Ótimos, talvez. São dez pontos em cinco jogos – aproveitamento de 67%, capaz de garantir um título no Brasileiro – e pode até perder por um gol de diferença que a classificação estará garantida. Contra o Tucumán, em casa. Não é nada difícil. Mas a verdade é que a derrota por 3 a 2 contra um time boliviano que perdeu um de seus principais jogadores – o médio Thomaz – e que tem um Alex Silva, que tenta fugir da decadência, na zaga, confirma apenas uma coisa: o Palmeiras está devendo.
E deve não apenas na Libertadores. No Paulista, foi eliminado pela Ponte, após um jogo vergonhoso em Campinas. E houve ainda a derrota para um Corinthians com dez jogadores. Um fiasco.
Na Libertadores, não houve uma vitória tranquila. Contra Wilstermann e Peñarol, elas vieram no último minuto. E aqui, é desnecessário voltar ao tema se os acréscimos foram justos. O ponto é que o time venceu no último lance, contra dois times fracos.
Houve, é lógico, a maravilhosa e heroica vitória contra o Peñarol, em Montevidéu. Mas, uma lupa sobre o jogo mostra, com toda nitidez, que o time foi muito mal no primeiro tempo, com uma escalação desastrosa de Eduardo Baptista.
Borja tem sido uma decepção. Jean foi desastroso contra o Wilstermann. Vitor Hugo caiu muito. E o time tem muita oscilação, de jogo para jogo, de tempo para tempo. O Palmeiras de Eduardo Baptista, técnico que busca equilíbrio, é muito mais inconstante e inseguro que o time de Cuca, adepto do futebol rápido, de transição.
O milionário Palmeiras está devendo futebol.
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