Corinthians permite achincalhe de Romero
A TV Globo pediu permissão ao Corinthians para entrevistar Angel Romero (na caricatura ao lado de Oscar, seu irmão gêmeo). É assim que funciona, o jornalista procura assessoria para fazer uma matéria com o jogador. Um acordo de três partes. Na matéria, o artilheiro do Itaquerão é confrontado sobre sua suposta pouca habilidade em dominar uma bola. E não se sai muito bem.
Repetindo, são três partes envolvidas: clube, jogador e Globo. E a entrevista é boa para quem? Para o jogador, querido pela torcida por seu estilo aguerrido e por nunca negar suor em campo, ser ironizado e humilhado? Para o clube, que vê seu atleta virando alvo de gozação para rivais? Ou para a Globo, que ganha pontos de audiência com seu jornalismo de entretenimento?
Não entendo direito o nome de assessoria de imprensa, quando se trata de clubes de futebol. Os profissionais fazem de tudo pelo clube e não pela imprensa. Se algum jogador deixa o banco de reservas, como fez o Gabigol, ele é escondido imediatamente. Não fala com ninguém. Os assessores dão um show na turma do Temer, que permite a entrada do Joescley no Planalto sem aviso e com gravador escondido.
Fazem seu trabalho para o clube. Não para a imprensa. Só permitem esse tipo de matéria com Romero porque devem achar muito bom para o clube. Facilitam tudo para alguns segundos de entretenimento e leveza globais. Será que vale a pena? Eu, se fosse jogador, não faria isso nem se fosse obrigado. E, se meu assessor de imprensa particular tentasse me induzir, eu o demitiria.
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