O Brasil mata Garrincha de novo
O corpo de Garrincha sumiu do cemitério de Raiz da Serra, distrito de Magé, no Rio. Estava enterrado lá, desde 1983, quando Manuel Francisco dos Santos morreu, aos 49 anos, vítima do alcoolismo.
O Brasil se supera no desrespeito à sua história, a cada dia, a cada momento. O ápice era permitir o roubo da taça Jules Rimet. Agora, isso. Um dos maiores jogadores do Brasil, para mim, o segundo, um dos maiores jogadores do mundo, sem dúvida um dos dez, simplesmente desaparece do cemitério.
Se pelo menos fosse um conto de realismo fantástico em que, cansado de solidão, Garrincha tivesse saído da cova, dado um drible no coveiro e estivesse por aí, tomando uma, vendo um show da Elza Soares, jogando uma pelada, dormindo com uma pelada…
Mas não é nada disso. O Brasil não é realismo fantástico. É tristeza mesmo. O corpo do grande craque, da Alegria do Povo, foi retirado da cova há dez anos para dar lugar a um outro desvalido. E ninguém sabe onde está.
O Brasil está doente ou somos essa merda mesmo?
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