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Menon

Coloca o Lucas Fernandes, Ceni

Menon

08/06/2017 13h07

Treinador de futebol entende mais do assunto do que jornalistas. Além de entender mais, sabem o que se passa nos treinos e fora dos treinos. Ainda mais agora, que os exercícios táticos e técnicos são reclusos. Enfim, os treinadores têm uma base de dados muito maior que a dos jornalistas.

Feito a ressalva, será que Lucas Fernandes treina pior do que Thomaz joga? Se for – e deve ser, pois não há motivo algum para desconfiar de algum tipo de favorecimento – é preocupante. Por que uma revelação rende menos que um jogador de 30 anos que passou pelo futebol de maneira tão discreta que ninguém conheceu? Um jogador que foi descoberto no futebol boliviano, após fazer uma boa  partida contra o Palmeiras?

Será que Lucas Fernandes não vai vingar? Vai se transformar em uma espécie de Régis, que fez apenas um jogo  pelo São Paulo? Mas, espere aí. Régis, que atuou pelo Paulista, América de Natal, Chapecoense, Palmeiras, Sport e Bahia, é mais jogador que Thomaz. São de estilos diferentes, mas Régis é melhor.

Está na hora de Rogério Ceni, que teve um olhar atento para a base, apostar em Lucas Fernandes. Cueva não participará dos próximos jogos e é o momento de apostar no garoto. Existe melhor oportunidade do que enfrentar o Vitória, um ponto ganho em quatro jogos, em casa? Coloca, põe em campo. E, depois, se gostar, dê nova chance contra o Corinthians. A não ser que vá optar – o que seria natural – por uma formação mais defensiva no clássico.

Lucas Fernandes estreou no primeiro jogo do Brasileiro do ano passado, contra o Botafogo, no Rio. Fez um lindo gol de falta. Depois, não se firmou e sofreu com duas contusões.

Qual o seu futuro? Sinceramente, não sei. Mas, apesar dos percalços, é muito mais promissor que o presente de Thomaz. O futuro de Thomaz é a Bolívia, podem ter certeza.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.