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Menon

Leila chantageia o Palmeiras

Menon

09/06/2017 14h00

A entrevista de Leila Pereira, dona da Crefisa, ao André Henning foi ótima, graças ao entrevistador. Ele revelou um lado prepotente da conselheira palmeirense. "Se Alexandre Mattos sair, eu vou rever o aporte financeiro que coloco no clube", disse a dona da patrocinadora do Palmeiras. Chantagem.

O que tem uma patrocinadora a ver com um empregado do clube? Não deveria ter nada, segundo qualquer manual de gerenciamento de negócios. Um patrocinador não faz favor a um clube quando estampa sua marca. É uma relação comercial em que ele se vale da grandeza do clube. O Palmeiras tem milhões de torcedores. As marcas Crefisa e Faculdade das Américas estão lá por causa disso.

E o que mudaria no Palmeiras se Alexandre Mattos saísse? Se o presidente saísse? Nada. Continuaria a ser um gigante. O Palmeiras se apequenaria – como todo time do mundo, do Íbis ao Real Madrid – se a torcida deixasse de existir, ou diminuísse.

O valor de patrocínio é mensurado pela exposição da marca e pela massa de torcedores. Dizem que o patrocínio da Crefisa extrapola esses valores. Mas, se a dona da marca é torcedora do Palmeiras, ela que faça o que quer com seu dinheiro. Quando dá a mais, ela está valorizando a marca, valorizando a entidade Palmeirasa e criando  base política para ser a próxima presidente, assim que tiver condições para isso. Quando ela decide que o valor colocado no clube depende da permanência ou não de um empregado, ela diminui o clube. Ela está dizendo que o Palmeiras será menor se Mattos sair.

Se a Leila gosta tanto do Mattos, que lhe dê um belo aumento. Ou, então, que o leve para suas empresas. O que ela não pode é fazer um tipo de chantagem com o Palmeiras. Ou ele fica ou eu fecho a torneira.

Mais uma vez fica claro que o relacionamento de Leila com o Palmeiras não é o de uma patrocinadora com um clube. É ridículo vê-la em apresentação de jogadores, como se fosse presidente do clube. É triste vê-la fazendo chantagem com o clube.

Se quer mandar no Palmeiras, se quer transformá-lo em mais uma propriedade sua, que espere as eleições.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.