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Fluminense teve muita dignidade no caso Richarlison

Menon

19/06/2017 14h11

Richarlison jogou contra o Flamengo. Jogou bem. Mas, não vem o caso. O importante é que fez o sétimo jogo. E o que está por trás disso: o Fluminense mostrou ao jogador e ao seu empresário que merece respeito. Fez valer os seus direitos, fez valer o que está na lei. Cabe ao clube a última palavra e ele a usou. O jogador tem vínculo com o clube e vai ficar no clube.

Todos os clubes deveriam fazer o mesmo. Pensar nos seus interesses primordialmente e não ficar abalado com biquinho de jogador. Richarlison teve a ousadia de pedir para não jogar contra o Palmeiras (clube que fez oferta por ele) por estar balançado e não estar com a cabeça boa. Um desrespeito enorme ao clube.

O São Paulo teve atitude semelhante há poucos dias. Recusou oferta de 7,5 milhões de euros do Lille por Thiago Mendes. Fez valer seus direitos. E o jogador, o que fez? Pediu aumento. Não vale o que está escrito?

Ainda na questão Richarlison, não vejo nada a criticar na postura do Palmeiras. Queria o jogador e fez uma oferta. Uma oferta, diga-se, maior do que a do Lille por Luiz Araújo. Ou seja, o Palmeiras tem capacidade financeira atual para ser um clube comprador no mercado interno. Não é um clube vendedor. Quer o jogador e oferece dinheiro. Está certo. O Fluminense acha que não vale a pena e não vendeu. Está certo.

Não entendi bem a postura de Cuca. Abel disse que o treinador do Palmeiras o procurou e disse que o Fluminense não ficaria descoberto, poderia levar dois jogadores de uma lista de quatro a ser apresentada. Não é a postura ideal. Treinador deve se restringir a treinar o time e a indicar jogadores. A busca de reforços deve ficar por conta da diretoria. São funções diferentes.

Por fim, há a questão financeira. Dizem que o Fluminense foi duro e perdeu dinheiro. Mas dinheiro é tudo? Onde ele conseguiria outro Richarlison por esse valor? E, não pode valer mais daqui a um tempo, para o mercado estrangeiro? Tem gente que usa o dinheiro para justificar tudo. Tenho um amigo que não quer eleições diretas agora porque custa caro. Ora, não dá, né? A Constituição prevê eleição indireta em caso de queda de Temer. Não é um belo argumento? Usar dinheiro para isso é muito frágil.

HOJE, ESTAREI NO ZÉ NO RÁDIO, o podcast do grande Ze Trajano na Central 3, a partir das 20h30, com o Trajano, o Paulo Júnior e o Leandro Iamin. Em um tempo em que o rádio tem caído tanto (veja a nutelização da Rádio Globo) a Central 3 é um oásis. São programas ótimos, como o das Dibradoras , da TRIVELA e do Fernando Vives .

O programa pode ser acompanhado na página da Central 3 no facebook, assim como no Ultrajano, também no facebook.

O programa de hoje com certeza falará da rodada, mas não é só isso. Trajano é um poço de sabedoria e vai falar de suas efemérides e de sua memória afetiva, sempre ligada às boas causas e ao amor ao país.

O Trajano, para meu gosto jornalístico, faz muita falta na televisão. Sem ele, há uma overdose de opinião em programas diferentes. Muita gente falando sobre os mesmos jogos, os mesmos temas, os mesmos gols e os mesmos possíveis erros de arbitragem. Eu escolhi o Linha de Passe para ver. Apenas um. Um olho lá e outro no Zé Trajano no celular.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.