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Menon

Corinthians e a certeza da vitória

Menon

07/07/2017 15h04

Quem determina os jogos que acompanho na televisão é a escala do UOL. Quando não é jogo do Corinthians, criei um reflexo pavloviano. Basta aparecer a tal bolinha na tela, anunciando gol na rodada, que, em seguida, aguardo o locutor dizer que é do Corinthians. E, rapidamente, vem a segunda sinapse no meu cérebro. É gol do Jô. Outras vezes, antes da tal bolinha aparecer, um grito vem lá da Duque de Caxias, invadindo a minha sala: "Vai, Corinthians".

A constância corintiana criou essa certeza de que, a qualquer momento, o time resolverá a situação difícil. E virá o gol, majoritariamente da vitória, mas também do empate. O gol sempre vem. Raramente chega como resultado de um sufoco terrível, de uma pressão desorganizada, de um bombardeio digno da Luftwaffe sobre a Londres dos anos 40. O gol vem porque tem de vir, resultado de um jogo cadenciado e consistente.

O gol vem da ultrapassagem de Arana, vem de um cruzamento de Fagner (não na linha de fundo, mas parecido com os de Arce, em diagonal), vem da aproximação de Rodriguinho, da chegada de Maicon, da cabeçada de Balbuena. É um time com mais repertório do que de conclusões felizes. Mas que o gol sai, não tenha dúvida.

O Corinthians é uma versão do velho clichê: "o gol sai naturalmente". Só não sai naturalmente contra o Corinthians. É um parto romper a fortaleza de Carille.

O solidário Corinthians é um trabalho que só merece elogios. É uma ode à união e ao esporte coletivo.

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.