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Areia movediça no fundo do poço. É o São Paulo Vitrine Clube

Menon

13/07/2017 21h48

Ao olhar a tabela, antes do início do campeonato, todo time grande, contava com três pontos conseguidos em casa contra o Atlético GO. O São Paulo teve a chance na 13ª rodada. E eram pontos não para sonhar alto. Eram pontos para iniciar o fim do pesadelo. Eram pontos de arrancada. Arrancada que ajudaria a sair do fundo do poço. Não deu. Havia areia movediça lá no fundo.

O São Paulo entrou em campo como se não houvesse desespero. E é bom que seja assim, desespero não ajuda. Então, a ordem era posse de bola. E o São Paulo a teve em enorme quantidade. Trocou passes como se fosse o Barcelona e chutou a gol como se fosse o Alavés. Tranquilidade mil, pressão zero.

No segundo tempo, o time voltou com mais personalidade e com muito mais pressão. Avançou as linhas, jogou com os zagueiros além do meio de campo, e encurralou o Atlético. Fez dois gols que valeram um. Pratto estava impedido. Eram 12 minutos, tempo de retomar a tranquilidade. Não deu tempo. Um belo chute de Niltinho selou o empate. O São Paulo retomou o jogo, aumentou a pressão, entraram Lucas Fernandes e Marcinho, que fez um golaço.

Faltam dez minutos. Hora de segurar o resultado. Nada. O empate veio em seguida, com gol de calcanhar. Calcanhar. E houve outras chances no contra-ataque do Dragão.

Dorival deu organização ao time, mas ficou evidente que Buffarini e Nem estão muito mal. E, juntos, ficam piores. Lucas Fernandes precisa jogar. Que saia Gómez e que se aposte um pouco mais em Cueva.

E no domingo, é a Chape fora de casa. Outro jogo de seis pontos.

E outra coisa que Dorival precisa saber: aquela história de que tem muito time pior, é balela.

PS – Com tantos problemas, duas notícias boas. O Vitória perdeu em casa para o Vasco (4 x 1) e o Avaí perdeu em casa para o Coritiba. Assim , o São Paulo saiu do 19º para o 17º lugar. E está a três pontos do primeiro time fora da zona de rebaixamento. Antes da rodada, eram quatro. O rival é a Chape. Uma vitória tira o São Paulo do fundo do poço, temporariamente.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.