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Menon

Parabéns, Tite!!! Mas, e o Marco Polo?

Menon

15/07/2017 11h50

Em entrevista ao Carlos Cereto, Tite criticou os dirigentes do futebol brasileiro pelo grande número de trocas de treinadores. "Está na hora de os dirigentes melhorarem", disse o técnico. Está muito certo, o Tite. Já passou da hora de termos dirigentes à altura da qualidade técnica do nosso futebol. E como é bom quando vemos alguém com importância no futebol tomando posição sobre alguma coisa.

Tite está certo por falar. Está mais certo ainda por falar o que falou. Mas, e sempre há um mas, ficam duas questões:

  1. Os dirigentes são ruins apenas porque demitem treinadores sem dar tempo de trabalho?
  2. E Marco Polo del Nero, presidente da CBF, é um bom dirigente?

Não e não, correto, Tite?

Há muitos e muitos mais erros do que não ter paciência com treinadores. E, a favor dos dirigentes, é preciso lembrar uma coisa. A saúde financeira dos clubes, até por incompetência dos dirigentes, depende muito da verba da televisão. E a diferença entre estar na primeira ou na segunda divisão é muito grande. É um fantasma que assusta e muito. Então, o treinador novo tem futuro, tem ideias, tem qualidades, estudou bastante, é honesto, faz tudo certo…e os resultados não vem e o rebaixamento se aproxima….Mantém ou não mantém?

Quanto à segunda pergunta, Tite, antes de assumir a seleção, deixou claro que não considerava Marco Polo um bom dirigente. Assinou um manifesto sobre o assunto. Depois, aceitou o convite para ser treinador. Fez muito bem. A seleção é o ápice e ele teve condições asseguradas de fazer um bom trabalho. A parte técnica fica longe do político.

Tudo certo, mas aquele beijo, Tite…Aquele beijo que você deu no Marco Polo foi como uma absolvição… Foi feio, era melhor ter falado alguma coisa, como você falou com o Cereto.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.