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Waldir Peres, Pedro Rocha, Dorival e suor salvaram o São Paulo

Menon

24/07/2017 22h12

Pedro Virgílio Rocha Franchetti, o Verdugo, procurou os deuses do futebol, ainda no primeiro tempo do jogo São Paulo x Grêmio. Educada e elegantemente, como em vida, argumentou com o sotaque charrua. "Um dia após a morte de Waldir Peres, não é justo que o São Paulo perca um jogo com gol de um jogador chamado Pedro Rocha, como eu".

Uma rápida reunião decidiu que o pedido era justo. E Renan Ribeiro se vestiu de Waldir Peres. Fez defesas bonitas e até saiu errado em um cruzamento, afinal a homenagem tinha de ser completa. Assim, o São Paulo conseguiu um ponto importantíssimo contra um time muito melhor. Um time completo contra um time que ainda está se montando.

O Grêmio é muito melhor. O que para o time de Renato é uma piscina, para o time de Dorival é um rio de águas revoltas. Trocar passes é alegria para o Grêmio e tortura para o São Paulo. O Grêmio finaliza com obus, o São Paulo com estilingue. O gol foi com um contra-ataque lindo.

O ponto, assim, é para ser comemorado.

E, deuses do futebol a parte, é importante ressaltar o bom trabalho de Dorival. Ele fez substituições ousadas e buscou a vitória. No intervalo, tirou Jucilei e Gómez (outra vez mal) e colocou Cícero e Lucas Fernandes. Não foi uma melhora absoluta, mas foi uma intenção vencedora. Uma atitude de time grande. O empate veio com uma jogada pela esquerda, uma das poucas. Edimar cruzou para trás, Pratto chutou e Lucas Fernandes marcou.

Com o empate, o que você faria? Eu, como sou um retranqueiro total, colocaria um novo zagueiro, outro lateral, alguém para defender. Dorival colocou Gilberto em lugar de Bruno. Gilberto foi um leão e ajudou na frente e atrás.

O São Paulo foi ousado e tentou vencer um time muito melhor. Conseguiu um empate que veio com muito suor. Um time disposto e brigador. E apoiado por mais de 50 mil pessoas. O São Paulo está no bom caminho para conseguir evitar o pior drama de sua vida.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.