Neymar é Maria Antonieta, mas PSG o vê como Robespierre
O PSG quer fazer uma revolução no mundo do futebol. Quer deixar de vez a periferia e se transformar no maior de todos. Tem muito dinheiro do Catar e do presidente. Não quer mais ser o clube que vence o Barça por 4 a 0 e permite a virada por 6 a 1. Para comandar essa mudança, vai contratar Neymar. Vê nele um novo Robespierre, o advogado radical que comandou a Revolução Francesa e mandou à guilhotina Marat, outro revolucionário, menos radical.
Neymar dará um novo patamar técnico ao PSG no momento em que descer no aeroporto Charles de Gaulle. E tudo aumentará no primeiro toque na boa, no primeiro bobinho, no primeiro treino, no primeiro jogo. Neymar é um jogador estupendo e todo time do mundo ganharia com a sua chegada.
Mas é só isso, o que já é muito. Neymar é comandante apenas do barco do eu sozinho. Ele fez uma falseta indecente com o Santos, que o perdeu em troca de dinheiro de gorjea. O Santos ficou com a porcentagem e Neymar pai com o bruto. E, dentro de campo, Neymar nunca foi comandante do Santos, da seleção ou do Barcelona. Em campo, é um menino mimado que não sabe ganhar ou perder. E é afetado por seus problemas particulares, como no famoso jogo contra a Colombia, na Copa América.
Agora, prestes a deixar o Barça, entra em uma ridícula briga no treino, com Nelson Semedo. Criança, sempre.
Neymar é Maria Antonieta, a rainha francesa que, ao saber que o povo reclamava da falta de pão, mandou que todos comessem brioche. Insensível, não via o que estava acontecendo a seu redor. Terminou sem cabeça. Como Neymar, que nunca a teve.
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