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Zé Ricardo, o quinto magnífico demitido. Renovação falhou

Menon

07/08/2017 16h25

No início do ano, havia muito expectativa com o trabalho de sete jovens treinadores em sete grandes equipes brasileiras. Poderia ser o início da renovação do nosso futebol, preso a velhos professores com suas pranchetas, projetos e falta de atualização com o futebol moderno.

Além de expectativa, havia boa vontade com eles. Pouca coisa se confirmou. Zé Ricardo, do Flamengo, após uma derrota em casa para o Vitória, por 2 a 0, foi o quinto a perder o emprego.

Relembremos os cinco demitidos.

ZÉ RICARDO – Havia assumido o Flamengo após um mau trabalho de Murici e levado o time a um bom desempenho. Agora, com elenco reforçado, seria a hora de se firmar como um grande novo nome.

ROGER – Trabalhou bem no Grêmio e sua saída causou grande comoção, principalmente pela chegada de Renato Gaúcho, que se orgulhava de preferir futvôlei ao estudo de táticas. No Atlético-MG, Roger deslancharia. Ganhou o Mineiro e foi mal no Brasileiro.

ANTONIO CARLOS ZAGO – Tinha um bom tempo de estrada, inclusive com passagem no Palmeiras, mas agora era uma esperança repaginada, após cursos na Uefa e boa passagem no Juventude. Seria o homem para recuperar o Inter, agora na Segundona. Perdeu o Gaúcho para o Novo Hamburgo e começou mal a Série B.

EDUARDO BAPTISTA – Depois de boas passagens pelo Sport e pela Ponte, apareceu como o nome ideal para substituir Cuca no Palmeiras, que sonha com o Mundial. Pouca gente se lembrou de seu fracasso no Fluminense. Caiu após uma derrota para o Jorge Wilstermann, muito pouco para quem sonha em vencer o Real Madrid.

ROGÉRIO CENI – Sem nenhuma experiência anterior, chegou ao São Paulo respaldado por seu passado único no clube, por alguns cursos feitos na Europa e por trazer consigo auxiliares estrangeiros. Foi mal no Paulista e somou 11 pontos em 11 jogos no Brasileiro.

Dos sete magníficos, restaram FÁBIO CARILLE, que venceu o Paulista e conduz o Corinthians a um campeonato brasileiro histórico. E JAIR VENTURA, que tem levado o Botafogo a romper limites técnicos.

Os cinco magníficos floparam e alguns veteranos retomaram o sucesso, como Renato Gaúcho, Levir Culpi e ele, o ressurgido Vanderlei Luxemburgo, de ótimo trabalho no Sport.

Lamento o insucesso da renovação, mas não fico triste com a ascensão dos veteranos. Ótimo saber que não há apenas uma maneira de ver futebol e que é possível fazer um trabalho consistente e criativo sem falar em amplitude, basculação, recomposição, transição e terço final.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.