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São Paulo tem uma torcida muito maior que a diretoria

Menon

11/08/2017 14h27

Só há uma certeza quanto ao jogo São Paulo x Cruzeiro. O Morumbi, maior e mais bonito estádio da cidade, estará lotado. Mais bonito é algo subjetivo, tem a ver com valores estéticos e não com modernidade. E estará lotado não por conta de uma campanha espetacular ou promissora.

Não, a campanha é agônica e vergonhosa. O Morumbi estará lotado como prova de amor. E de inteligência. A torcida do São Paulo percebeu que só o seu amor e só a sua presença podem ajudar o time a escapar da maior vergonha de sua história cheia de glórias.

A torcida resolveu abraçar o time, acarinhar os jogadores. É o que restou diante de um trabalho horrível feito pelos cartolas, que não souberam prever um desmanche, que venderam jogadores a rodo e completaram o elenco há poucas rodadas. Ainda falta Maicosuel, que veio, jogou 45 minutos e está fora, por contusão. Incompetência de quem não viu seu histórico recente de afastamentos por contusão? Ou de quem não notou algum problema grave nos exames médicos realizados quando de sua contratação?

Os são-paulinos perceberam a gravidade da dicotomia que lhes foi apresentada: ou eu fico em casa, sentado no sofá, xingando a diretoria, ou vou até o Morumbi gritar o nome dos jogadores até o final. A opção foi clara. A alternativa será ver o time jogar na Série B, sem domingos. Ou melhor, com domingos destinados ao sofá, torcendo contra os rivais da Série A. Pior ainda, domingos livres para visitar e receber visitas da Sogrona.

Enfim, a torcida percebeu que é melhor que a diretoria. E que o time montado pela diretoria. Está fazendo sua parte, com paixão e amor. É uma das grandes personagens do Brasileiro-17

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.