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Menon

5 a 1 foi pouco. Tourada em Madri

Menon

16/08/2017 19h50

Cristiano Ronaldo estava nas tribunas. E não fez falta.

Lionel Messi estava em campo e não fez a diferença.

Casemiro e Beale  estavam no banco. A ausência não foi notada.

Neymar estava em Paris (viu o jogo?) e, sim, fez muita falta.

A diferença atual entre Real Madrid e Barcelona é enorme. A diferença entre um time feito, com senso coletivo e muitas opções é um outro, tentando se acertar, após a perda de uma referência.

Messi e Suárez ainda não haviam tocado na bola quando Asensio, sangue novo em Madri, fez o primeiro gol. Golaço.

Foram sete minutos (sete de CR7?) de total domínio. Pressão na saída de bola. Bem, pressão alta não é novidade alguma. O novo era a incapacidade de se livrar dela. Umtiti, Mascherano e Piqué totalmente perdidos.

O Barça reagiu, teve duas chances com Messi, mas sofria pelos lados do campo, com os duelos entre Sergi Roberto/Marcelo e Vasques/Alba.

O Real tinha ainda mais presença no meio, impedindo que Busquets, Raktic e Gomes municiassem Suárez e Messi. Paulinho, um típico rompe-linhas, vai jogar porque pode suprir essa ausência de infiltração.

Com tanta superioridade tática e técnica (como joga bola o Marcelo), o segundo gol chegou atrasado. O primeiro tempo terminou com o agregado de 5 x 1.

O Barcelona melhorou com a entrada de Semedo e a saída de Piqué. Formou-se uma linha de quatro e Sergi Roberto passou a jogar adiantado, pelo meio. Messi teve uma grande chance, superou o bom Keylor Navas e… travessão.

O quarto final do jogo, se manteve a superioridade do Real, mostrou também maior dignidade do Barcelona. Teve muitas chances, assustou, mas Navas e novamente a trave impediram o gol.

Foi a dignidade do touro, que atacou bastante mas não conseguiu evitar a morte anunciada. Pelo menos, evitou a estocada final.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.