Topo

Menon

Sete contratações que se transformaram em micos

Menon

22/08/2017 17h23

Todos os grandes clubes apostam em seu departamento de estatística para diminuir a possibilidade de erros em contratações. Nada que envolva julgamento humano tem 100% de possibilidade de acerto, o que se tenta é errar menos. E, apesar do trabalho feito, sempre há o que parecia ouro e se revela pó. Alguns exemplos, a seguir. É uma lista em ordem alfabética e que não tem a pretensão de abarcar todos os nomes.

BORJA – Leila Pereira pagou US$ 10,5 milhões por 70% dos direitos do jogador, que recebeu R$ 1,2 milhão de luvas na assinatura do contrato, além de salários de US$ 85 mil mensais. O artiheiro da Libertadores era cobiçado por muitos clubes e sua chegada, em fevereiro, foi muito comemorada. Nunca se firmou e hoje é uma longínqua opção de banco para Cuca. Pode ser o esquema do treinador, mas Borja não foi bem também com Eduardo Baptista. E qual era mesmo o seu currículo, antes de brilhar intensamente no Atletico Nacional.

CLÉBER – O Santos pagou R$ 7,3 milhões ao Hamburgo pelo zagueiro, que havia feito sucesso na Ponte e no Corinthians. O contrato é de quatro anos e uma série de contusões impediu que se firmasse no time. Participou de dez das 49 partidas do Santos no ano. Quando jogou, mostrou falta de tranquilidade, tendência a querer ganhar no grito e nada mais. Foi emprestado ao Coritiba até o final do ano e disse que irá provar estar em ótimas condições físicas.

FELIPE MELO – Chegou em  janeiro para o Palmeiras, vindo da Internazionale. Não houve custos com o clube, apenas com os salários de Felipe, de R$ 350 mil mensais e mais 20 mil por jogo. Além disso, ele tera direito a R$ 8,4 milhões de luvas, divividos em 24 parcelas trimestrais, de R$ 700 mil. Chegou para ser o xerife, para ser o comandante do clube nas batalhas da Libertadores. Ele entendeu batalha no sentido literal e cumpriu a promessa de bater na cara de uruguaio. Brigou também com Roger Guedes e com Cuca. Nos dois casos, verbalmente. Cuca o afastou, alegando que nao se enquadra em seu estilo de jogo. A rescisão do contrato está sendo negociada.

KAZIM – Chegou do Coritiba com status de rival de Jô pela posição de centroavante. Jô é artilheiro do Brasileiro é Kazim só é lembrado pelo sotaque

LEANDRO DONIZETE – Contratado nos últimos dias do ano passado. Foi um pedido especial de Dorival Jr, que já havia pedido sua contratação no Cruzeiro. E que o levou da Ferroviária para o Coritiba, em 2008. A diretoria não queria um novo volante, mas viu nele uma grande oportunidade, talvez seduzida pelo apelido de General, que ganhou da torcida do Galo. Uma torcida que ficou decepcionada com a sua saída. O Galo queria um contrato de apenas um ano e o Santos ofereceu três anos de vínculo. Jogou apenas 19 partidas e não é levado em conta por Levir Culpi, o substituto de Dorival Jr.

LUCAS SILVA – Em 2015, o Cruzeiro vendeu Lucas Silva para o Real Madrid por US$ 13 milhões. Em 2017, o trouxe de volta, após oito meses de inatividade na Espanha. A expectativa era de que o jogador de 23 anos fosse um referencial técnico no Cruzeiro. Nada disso. O Lucas Silva atual está mais para aquele que o Olympique quis devolver ao Real Madrid por deficiência técnica.

WELLINGTON NEM – Em  novembro do ano passado, o presidente Leco anunciou a contratação de Wellington Nem: " A contratação do Wellington Nem é o marco de um novo momento, que vem planejando a formação de uma equipe forte e que honrará a camisa do São Paulo e suas tradições, voltando a aspirar conquistas de títulos. Ele é reconhecidamente um grande jogador, pretendido por diversos clubes do país e a sua chegada é o início de uma nova empreitada para a formação de uma equipe forte". Nada deu certo. Nem sofreu quatro contusões durante o ano e participou apenas 25 partidas, marcando um gol. Nunca agradou.

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.