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Menon

Tenho dó de quem não gosta do futebol brasileiro

Menon

01/09/2017 00h06

Cavadinha de Coutinho. Chapéu de Jesus. Chutaço de Coutinho. Uma obra de arte. Um exemplo do jogo bonito. Futebol brasileiro em sua essência. Um gol que deveria obrigar as pessoas a saírem do estádio para comprar outro ingresso, como se dizia antigamente.

E ainda teve o gol de Paulinho, força e técnica dentro da área do Equador. Uma pancada.

Fico impressionado como muita gente confunde o que se joga aqui com o verdadeiro futebol brasileiro. E passam a criticar sempre. Tudo. Outro dia, escrevi aqui que Paulinho fará sucesso no Barcelona. Que poderá mudar o estilo de jogo do Barça. Recebi muitos comentários discordando. E me chamando de burro. Citavam o português André Gomes como exemplo. Se ele, que é muito melhor que Paulinho não está indo bem, o que dizer do brasileiro?

Olha, vocês podem não acreditar, mas ouvi há alguns anos que Neymar teria dificuldades para ganhar a posição de Pedro. P E D R O.

O que talvez influencie esse tipo de análise é a diferença brutal no valor das contratações.

O Barça pagou 105 milhões de euros por Dembelê.

O Manchester City pagou 33 milhões de euros por Jesus.

Não, amigos. O futebol de Dembelê não é 3,5 vezes melhor que o de Jesus. Não é mesmo.

Nós somos um país pobre, que vende mão de obra barata. Somos explorados. Mas isso não reflete a qualidade de nossos jogadores.

Um time com Casemiro centralizado, Paulinho e Coutinho armando e atacando, pelo meio. Douglas Costa em uma ponta e Neymar na outra. Jesus como atacante central. Um 4-3-3 que pode virar 4-5-1 ou 4-4-2. E ainda tem Renato Augusto.

É um timaço. Pronto para disputar a Copa com outras seleções fortes como Alemanha e França.

Posso contar um segredo, baixinho? É muiiiiiito melhor que a Grande Geração Belga, que a Surpreendente Suíça, que a Nova Itália…

Brasil é Brasil. Não dá para apostar contra.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.