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Alex, o quarentão, ganha filme

Menon

14/09/2017 16h49

Foi o gol mais bonito que já vi. O de Alex no São Paulo, após dois chapéus. No dia seguinte, no Jornal da Tarde, minha missão era conversar com narradores de rádio e de televisão para falar sobre a obra-prima. E me chamou a atenção a alegria deles, de Oscar Ulisses a José Silvério. Nada de clubismo, apenas a alegria de terem sido blindados com a oportunidade de presenciarem a história. Como eu me senti ao ver o gol de Romário na eliminatória de 93, contra o Uruguai. Como eu vi Messi na Copa de 2006.

Alex, que completa 40 anos hoje,  sempre foi um jogador espetacular. E sempre carregou a fama de não ser constante e de não brilhar com a seleção. Mesmo tendo sido fundamental em um Pré Olímpico. A sua carreira tem números estupendos o que desmente qualquer possibilidade de fracasso em uma Copa. Mesmo se não jogasse, sua personalidade e inteligência fariam muita diferença. Foram 19 anos de carreira, com 18 títulos, 1035 jogos, 422 gols e 356 assistências. É um número de gols que faria brilhar o currículo de qualquer centroavante. Luís Fabiano tem números parecidos.

Um filme a ser lançado no dia 19, em Curitiba, mostrará como foi a despedida de Alex dos campos. O nome do documentário é  Alex Câmera 10 – Turquia ao Brasil – despedida do Futebol. O documentário mostrará cenas inéditas dos bastidores da despedida, além das cidades onde brilhou. E mostrará a Turquia, onde ele brilhou pelo Fenerbahce. A torcida fez uma estátua em sua homenagem.

Escolhi a foto inicial com a camisa do Coritiba, pelo amor que ele demonstrou ao clube. Tinha oferta do Palmeiras, mas preferiu terminar a carreira onde começou, lutando e conseguindo evitar o rebaixamento do time do coração. A outra foto é a homenagem da torcida do Palmeiras ao seu gol.

Alex também fica marcado, para mim, por sua atuação no Bom Senso, lutando pela melhoria do futebol brasileiro.

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.