Topo

Menon

Paulinho, o quebra-muros, o rompe-linhas, virou heroi na Espanha

Menon

16/09/2017 19h00

 

OS Flinstones, em espanhol, são os picapiedras. Como Paulinho

 

Ernesto Valverde, técnico do Barcelona, quando questionado sobre a contratação do questionadíssimo Paulinho, disse que ele era um jogador diferente do que havia no elenco, um jogador forte, vertical e que ajudaria muito o time. Após, a vitória sobre o Getafe, conseguida com um gol de Paulinho, a cinco minutos do final, ele disse: "Estava muito difícil chegar à ultima linha. Precisava mudar alguma coisa porque estávamos batendo em um muro".

Ele olhou para o banco e entre André Gomes e Paulinho escolheu o brasileiro. Que fez o gol ao seu estilo. Avançou verticalmente, pediu a bola a Messi (ah, como é ótimo pedir uma bola a Messi), recebeu o passe, avançou, abriu o braço, impediu a chegada de um defensor e chutou cruzado. O muro estava rompido. A última linha estava vencida. Paulinho é isso, o quebra-linhas, o rompe-muros (ou vice versa). E é também o herói do jogo, como disseram os jornais da Espanha.

El Mundo Deportivo: "Paulinho recebeu a bola, controlou na corrida, afastou-se do agueiro e soltou um chicotaço cruzado que superou o goleiro Guaita. Paulinho, uma contratação de que se duvidou muito, mas que foi decisivo e Getafe para dar o triunfo ao Barça"

El Mundo: "Paulinho. Faz me rir por haver se exilado na China. Por haver baixado até os bueiros do futebol, porque na superfície ninguém reparava nele. Por haver fracassado no Tottenham. Mas, sobretudo por haver custado 40 milhões de euros. Paulinho, cuja apresentação teve o glamour de uma partida de bingo em um hotel, se calou ante tanta troça. E respondeu em Getafe. Ali, não esquecerão a fortaleza de seu corpo, onde se estralou o pobre Djené. Tampouco a flexibilidade de seu pé, um martelo que permitiu ao Barça salvar o triunfo em uma tarde com cheiro de naftalina" (…) Messi atendeu o pedido de Paulinho para abrir a fechadura, intrometer-se entre os defesas, acabar com a fama de proscrito e libertar a um Barcelona, que se mantém pleno na Liga.

 

 

 

 

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.