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Menon

Bela entrevista de Dracena. Belo drible do Dudu. Mas, passaria pelo Dirceu?

Menon

18/09/2017 22h12

O Felipe Diniz está de volta, ótimo reforço para qualquer canal, e fez uma bela entrevista com Edu Dracena após a vitória do Palmeiras. Sem mentir, sem enrolar, ele foi direto ao ponto. "São 13 pontos de diferença e é muito difícil alcançar o Corinthians, mas um time grande como o Palmeiras precisa ter uma meta. Não pode disputar o Brasileiro por disputar. Nossa meta é ser o melhor do segundo turno e, se isso servir para alcançar o Corinthians, melhor ainda".

As palavras não são vazias, vindo de quem vem. Edu Dracena sempre foi um jogador muito sério, dentro e fora de campo. Sempre foi de grupo e sempre respeitou a camisa que veste. Sempre deu o melhor de si. E está sendo assim no Palmeiras. Se o time tem uma meta, ele dará todo o suor, toda dedicação e tudo o que tiver para alcançar a meta. Depois, quem sabe, dobra a meta?

O Palmeiras foi melhor e mereceu vencer. Um gol que nasceu de bela jogada de Dudu. Sou fã de Dudu, sempre acho que ele merece ser convocado, mas eu não consigo entender a postura e o posicionamento do zagueiro naquele tipo de jogada. Tenho um amigo, o Dirceu Costa, advogado aguaiano e nosso melhor zagueiro da história. Pelo menos, em minha opinião. Ele me explicou uma vez que um de seus orgulhos era nunca ser driblado da maneira que o zagueiro foi. "Se o cara é canhoto vai sair por um lado, se é destro vai sair por outro. Não tem jeito de errar no bote. E, se tiver de costas, é mais fácil ainda. De frente, mano a mano, com os dois lados para passar, eu já fui driblado. Mas, quando só tem uma possibilidade para o atacante, nunca.".

Ora, o Dudu sabia o que faria na jogada. Todos os presentes no estádio sabiam. O Jean sabia, tanto que fez o gol. Só o zagueiro não sabia. Deixou a porta aberta e marcou Dudu com o corpo para baixo, arcado, com as mãos na cintura.

Sorte mérito do Dudu.

Sorte do São Paulo, que respira um pouco mais.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.