Golaço de Neymar contra a homofobia
Neymar usou as redes sociais para se posicionar sobre a decisão que considera homossexualidade como doença e possibilita tratamentos de reversão. A chamada "cura gay". Ele postou uma música de Lulu Santos que diz: "consideramos justa toda forma de amor". Uma grande atitude do jogador, colocando-se ao lado da modernidade e contra o obscurantismo.
O silêncio dos atletas sobre assuntos que não são o seu esporte é gritante, ensurdecedor. Murilo, do vôlei, é crítico à gestão de Ary Graça…e quem mais, mesmo? O basquete brasileiro está acabando e ninguém fala. Guilherme Giovannoni é o representante dos atletas junto ao NBB e vai jogar pelo Vasco, time que atrasou salários na temporada passada. Ele nunca se posicionou junto aos companheiros. O presidente do COB é suspeito de corrupção e… nada.
Joanna Maranhão, salvo engano, é uma voz solitária contra os desmandos de Coaraci.
A Bolsa-Atleta tem problemas, foi diminuída e pode acabar e… nada.
E jogadores de futebol? Nunca falam nada de nada. Posicionaram-se há dois anos juntamente com o Bom Senso, mas graças apenas a líderes como Fernando Prass e Rogério Ceni, que estava em atividade e outros que já haviam se aposentado. O Bom Senso acabou e, mesmo antes disso, Ceni já havia aceitado participar de uma viagem da seleção, como consultor ou algo assim. Juntamente com diretores que ele havia criticado. Tite assinou um manifesto contra Del Nero e, ao aceitar o cargo de treinador, o beijou.
Nesse contexto total de alienação, é importante o que Neymar fez. Principalmente por ser em um caso que é controverso no Brasil. É, mas não deveria ser. Há milhares de pastores "médicos de gays" prontos para faturar e para criticar Neymar.
Homossexualidade não é doença. Homofobia é doença.
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