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Botafogo precisa do grande salto para frente, de Mao, amigo de Saldanha

Menon

21/09/2017 12h01

O Botafogo está eliminado da Libertadores e deixa seus torcedores com a certeza de que foi feito o melhor possível. O Botafogo foi eliminado da Copa do Brasil, mas o compromisso de comprometimento entre jogadores e torcida foi cumprido. Há a certeza da dignidade sendo exercida, há a sensação de que melhor treinador não seria possível. A história do clube está sendo honrada.

Podemos argumentar com toda razão que o Botafogo, com muito menos dinheiro, foi muito mais longe que Palmeiras, Galo e Flamengo, que, com elenco muito menos estelar, não passa pelo vexame que o São Paulo está passando, mas…E agora? Fica também o gosto de quero mais e uma dúvida cruel começa a se instalar: "é isso mesmo, é só até aqui que podemos chegar"? o

O Botafogo, como todo time grande, precisa de títulos. E, para isso, precisa de uma mudança de patamar. Precisa de alguns reforços de qualidade para que o time dê o salto final. Para que o grito de "é campeão" suceda ao argumento "fomos melhor do que podíamos", para que a insanidade da alegria tome o lugar da felicidade contida.

 

Falta um salto de qualidade. Um salto que trará mais cobranças. Jair Ventura, que tetam se mostrado o treinador ideal para esse estilo mais fechado e conservador, será tão eficiente com um elenco que permita o domínio do jogo, a pressão no rival, o jogo aberto? E se Gatito jogar com menos proteção. E Roger, renderá bem sem contra-ataque?

O Botafogo tem um estádio maravilhoso e tem avançado no equilíbrio de questões financeiras. Está na hora do grande salto para a frente? Como Mao Tse Tung programou para a China, nos anos 50? Mao, que, em 1935, comandou uma grande marcha de 10 mil quilômetros e que durou 368 dias. João Saldanha, grande botafoguense, dizia que havia participado da marcha. Então, homenageando Saldanha, que o Botafogo dê fim à sua grande marcha de transição e dê o grande salto para a frente.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.