Juiz deu uma mão ao Corinthians. Culpa do Coronel Marinho
Uma semana, o juiz não vê o que todo mundo viu. Na outra, viu o que ninguém viu. O culpado tem nome. É Marcos Marinho.
O juiz errou feio no clássico São Paulo x Corinthians. Anulou um gol do São Paulo, totalmente regular. Com 2 a 0 a favor, a vitória seria uma possibilidade pronta a se concretizar. Um erro que significa, no caso, a manutenção ou a saída do São Paulo da zona de rebaixamento. O juiz viu o que ninguém viu. Na semana anterior, gol de braço de Jô. O juiz não viu o que todo mundo viu. São dois lances que, coincidentemente, envolvem o Corinthians, que foi prejudicado em outros tantos. Um gol de Jô, contra o Flamengo, quando o juiz viu impedimento em um lance com o atacante mais de três metros "em condição". O Flamengo reclama do jogo contra o Palmeiras, o Palmeiras reclama…
Os árbitros são péssimos, arrogantes, prepotentes. Mais parecem halterofilistas, prontos a manter a lei e a ordem. Não pode comemorar sem camisa, reservas não podem fazer festa em campo. Treinador não pode falar muito. Aliás, treinadores e jogadores não contribuem em nada com a arbitragem, mas não há que se tirar a culpa de quem a tem.
E a culpa é do Coronel Marinho, o homem que escala os árbitros. Depois que erram, voltam. Mas, de que adianta uma punição? É preciso criar novos e melhores profissionais. Se errarem, que cumpram a geladeira reciclando, aprendendo. Não se pode errar tanto. E a muleta chamada árbitro de vídeo vai adiantar?
Voltemos ao gol de Militão, anulado. Nos programas da noite, um ex-árbitro viu erro grosseiro do colega. Outro ex-árbitro viu acerto total do colega em atividade. Como fica? Teremos uma interpretação de cada árbitro para um lance tão claro quanto aquele?
O futebol brasileiro tem muitos problemas. O maior não é culpa de ninguém. É reflexo do país que somos, exportador de riquezas como soja e café. E jovens jogadores, é lógico. Revelamos, criamos, vendemos e compramos de volta, quando já estão velhinhos. Há também os treinadores, sempre prontos para contar hoje a história que está saindo de moda, sempre prontos a reproduzir táticas e nunca mostrando capacidade de criar algo novo.
São itens difíceis de corrigir. Mas a incapacidade dos árbitros em apitarem bem, ou, no mínimo, de serem coerentes quando se trata de interpretação – o mesmo lance de bola na mão dentro da área é pênalti para um e não é pênalti para outro – precisa parar. Precisa ser estancada. Enquanto não for, a culpa é do Coronel Marinho. Ele ganha bem para fazer um trabalho ruim.
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